A Polícia Técnico-Científica de Goiás concluiu que o veneno que matou mãe e filho em Goiânia estava em dois potes de doces que foram servidos às vítimas. O resultado foi divulgado pela instituição em entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta-feira, 27.

O perito criminal Olegário Augusto relatou que os profissionais utilizaram de todas as técnicas disponíveis para chegar à conclusão dos fatos. Ele disse que a análise comprovou que as sobremesas continham a substância que causou a morte de Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e sua mãe, Luzia Tereza Alves, 86, foram os doces. A análise foi feita em quatro potes, porém, o veneno estava presente em apenas dois. A perícia também precisou que a suspeita Amanda Partata conseguiu abrir os potes sem provocar o rompimento dos lacres. 

Olegário esclarece que, por questão de segurança pública, o composto usado para o envenenamento não será divulgado. No entanto, foi possível detectar que o material foi encontrado tanto nos alimentos como no organismo das vítimas. O gerente do Instituto de Medicina legal, Daniel Verissimo, reitera que mãe e filho deram entrada no hospital com fortes sintomas gastrointestinais, como diarreia, náuseas e vômitos intensos, que evoluíram rapidamente para sintomas mais graves, mostrando a alta letalidade da substância ingerida.

Questionados se o resultado da perícia isenta a doceria onde foram adquiridos os potes, os peritos disseram que a resposta final quem dará será a Polícia Civil. Contudo, por não ter sido encontrada a substância em outros lotes examinados pela perícia, “é possível afirmar que a doceria não tenha culpa”, disse o perito Antônio Carlos, superintendente-adjunto do Instituto de Criminalística.

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