Quadrilha responsável por trocar bagagens de goianas presas na Alemanha é alvo de operação da PF
18 julho 2023 às 08h39
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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 18, a segunda fase da Operação Efeito Colateral, a fim de prender uma quadrilha responsável pelo esquema internacional de tráfico de drogas, responsável por levar para a cadeia as goianas Jeanne Paollini e Kátyna Baía em março deste ano.
A personal e a veterinária tiveram as bagagens trocadas por malas com cocaína no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, enquanto aguardavam um voo para Frankfurt, na Alemanha. As duas ficaram 38 dias presas depois que encontraram as drogas.
Ao todo, a PF cumpre 45 mandados judiciais, sendo 27 de busca e apreensão, dois de prisão temporária e 16 de prisão preventiva, nas cidades de Guarulhos e São Paulo. Até o início desta manhã, 17 pessoas haviam sido presas.
Segundo a corporação, as investigações apontaram quem eram os mandantes do crime e outros integrantes da organização criminosa, que também teriam enviado cocaína em outras duas oportunidades, uma para Portugal, em outubro de 2022, e outra para a França, em março deste ano.
Goianas presas
O que seria uma viagem dos sonhos de 20 dias pela Europa, acabou virando um pesadelo devido a injusta prisão por tráfico internacional de drogas no dia 5 de março deste ano, horas antes das mulheres desembarcarem em Berlim, na capital da Alemanha, o primeiro país que as goianas queriam conhecer. Elas também planejavam conhecer a Bélgica e a República Tcheca. Porém, voltaram para casa depois de serem soltas.
A prisão do casal em Frankfurt, a última conexão que faria antes de Berlim, motivou uma operação da Polícia Federal para descobrir o que aconteceu com as malas que foram despachadas em Goiânia e nunca chegaram ao país europeu.
Em Frankfurt, a polícia apreendeu no bagageiro do avião duas malas com 20kg de cocaína cada, etiquetadas com os nomes de Jeanne e Kátyna. A prisão aconteceu na fila de embarque da escala, sem que elas pudessem ter visto as malas.
A Polícia Federal começou a investigar o caso e disse que elas eram inocentes. Vídeos apurados pela PF mostram quando duas mulheres chegam ao aeroporto de São Paulo, despacham bagagem com droga que levou as brasileiras à prisão na Alemanha e vão embora em 3 minutos.
As imagens das câmeras de seguranças do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, mostram o desembarque de duas malas, uma branca e uma preta.
As malas foram despachadas no aeroporto goiano, mas no meio do caminho, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o maior do Brasil, as etiquetas foram trocadas por funcionários terceirizados que cuidavam das bagagens.
Segundo a Polícia Federal, nas escalas internacionais, o passageiro despacha a mala no aeroporto de origem e só pega de volta no destino final, ou seja, Jeanne e Kátyna nem viram a troca das bagagens e das etiquetas.