Operação investiga contrato da gestão Rogério Cruz na Saúde de Goiânia
18 novembro 2025 às 11h51

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A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), deflagrou nesta terça-feira, 18, a Operação Pagamento Imediato para cumprir 13 mandados de busca e apreensão relativos a um contrato firmado em 2024, durante a gestão do então prefeito Rogério Cruz, na época em que Wilson Pollara — que posteriormente veio a ser preso — ocupava o cargo de secretário municipal de Saúde de Goiânia.
A investigação apura suspeitas de associação criminosa, contratação direta ilegal e fraude em licitação envolvendo a contratação de uma empresa sediada em Palmas (TO). O caso começou a ser levantado após um relatório da Gerência de Ações Estratégicas da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás apontar irregularidades tanto na escolha da empresa quanto na execução do contrato.
Segundo a Polícia Civil, o pagamento integral dos cerca de R$ 12 milhões foi feito em prazo muito inferior ao previsto e sem comprovação da prestação dos serviços. Também foram identificados indícios de que parte dos recursos foi repassada antes mesmo da formalização do contrato, o que reforça suspeitas de direcionamento e desvio de finalidade.
Os mandados judiciais foram cumpridos em Goiás, Tocantins, São Paulo e no Distrito Federal.
Além das buscas, a Justiça determinou quebra de sigilo bancário e fiscal, suspensão de atividades econômicas e o sequestro de bens, direitos e valores dos investigados até o limite de R$ 12 milhões, para garantir eventual ressarcimento ao erário.
Nota Rogério Cruz
O ex-prefeito Rogério Cruz destaca que não figura entre os alvos da operação desta terça-feira (18) e que está à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento e colaboração com as apurações referentes a condutas individuais de ex-servidores.
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