Operação contra golpes no WhatsApp prende 17 suspeitos de participação em quadrilha
31 agosto 2022 às 13h35
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Mais de cem policiais civis integrantes da Operação Mirum – surpresa, em latim – prenderam 17 pessoas, sendo 13 homens e 4 mulheres, nessa terça-feira, 30. O grupo foi alvo de 22 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão, após investigações que tiveram início em março de 2021, pela Polícia Civil de São Paulo. Segundo o delegado responsável pelo caso, William Bretz, os agentes de segurança continuam em diligências para capturar o restante do grupo.
O delegado explicou que o bando escolhia suas vítimas através de mensagens via WhatsApp, fazendo as escolhas por meio de fotos postadas nas redes sociais. “Uma foto diz muita coisa sobre a pessoa”, assegura o delegado. William confirma que até o momento são três vítimas, que juntas teriam sofrido um prejuízo de R$ 135 mil. Ele acredita, porém, que mais vítimas aparecerão no desenrolar da investigação.
A pena para cada um pode chegar a dez anos, caso eles venham a ser enquadrados por organização criminosa, e não associação. O delegado também assegurou que todos os que emprestam suas contas para esses criminosos também responderão pelo mesmo crime. Ele faz ainda um alerta para as pessoas não caírem nesse tipo de golpe. “Evitem disponibilizar fotos para desconhecidos nas redes sociais. Acenda uma luz vermelha quando alguém lhe contar histórias mirabolantes tentando se passar por um parente, ou dizendo que trocou de número. Quando isso acontecer ligue imediatamente no número do familiar citado. São alguns cuidados que devem ser tomados pelo cidadão”, reitera.
Operação
A operação foi deflagrada na madrugada da terça-feira, 30, pela Polícia Civil de Goiás. Os criminosos foram presos em Goiânia, Bonfinópolis, Senador Canedo e Goianira. Usando a rede social somente de uma senhora, os estelionatários conseguiram uma transferência de R$ 115 mil reais. As investigações começaram em março de 2021 pela Polícia Civil de São Paulo (PCSP), quando uma vítima abriu um boletim de ocorrência (BO). A pessoa dizia ter sofrido estelionato eletrônico.
A polícia explica que em um dos casos o criminoso usando o WhatsApp – fingiu ser o filho de uma idosa, dizendo que tinha mudado de número, para assim convencer a mulher a fazer a transferência. Acreditando ser realmente o filho, a senhora fez cinco transferências.
Com a apuração do caso, a polícia chegou a mais duas vítimas e 24 suspeitos que tiveram os mandados de prisão temporária concedidos pela Justiça. No decorrer da operação, um dos suspeitos foi preso em flagrante por tráfico de drogas.