Mortes na BMW: dono e funcionário de oficina de Aparecida são indiciados

01 fevereiro 2024 às 11h28

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A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu, nesta quarta-feira, 31, o inquérito sobre a morte dos quatro jovens que estavam dentro de uma BMW, em Balneário Camboriú, no litoral catarinense, em 1° de janeiro. Segundo o documento, a causa dos óbitos foi a ruptura de peça instalada em uma oficina de Aparecida de Goiânia – na verdade, uma loja de estética automotiva.
As vítimas foram: Gustavo Pereira Silveira Elias, de 24 anos; Thiago de Lima Ribeiro, de 21; Karla Aparecida dos Santos, de 19; e Nicolas Kovaleski, de 16. O dono do estabelecimento e o responsável pela instalação foram indiciados por quatro homicídios culposos.
O carro que causou a asfixia nos quatro jovens teria passado por pelo menos quatro customizações, que levaram ao rompimento de uma peça ligada à tubulação de gás. Segundo a investigação, as alterações foram feitas para conferir maior potência e mais ruído ao automóvel.
Ao delegado Bruno Effori, familiares confirmaram que o veículo havia passado por uma customização recente no sistema de escapamento do carro com o objetivo de ficar mais “esportivo”.
Os quatro jovens morreram no estacionamento da rodoviária de Balneário Camboriú, onde tinham ido buscar a namorada de um deles, após ficarem por horas no interior do veículo, na madrugada do primeiro dia do ano. Todos estavam morando em São José (SC), na Grande Florianópolis, havia cerca de um mês e eram naturais de Paracatu, município mineiro próximo ao Distrito Federal e que faz divisa com Goiás, a quase 500 quilômetros de Belo Horizonte.
Um dos equipamentos colocados no motor do veículo era “de certa forma caseiro”, segundo o delegado Vicente Soares declarou no dia 12 de janeiro. De acordo com a Polícia Civil, as alterações no carro de luxo foram feitas por “por um indivíduo de 48 anos, sem qualquer formação técnica, e sob a supervisão e controle do proprietário do estabelecimento, de 35 anos”.
De acordo com o perito Luís Gabriel, o catalisador foi substituído por uma tubulação downpipe, peça que leva os gases do coletor de escape até o catalisador. A solda irregular do equipamento levou a um rompimento da peça, fazendo com que o monóxido de carbono escapasse pelo ar-condicionado, causando a morte dos quatro jovens.