Três médicos foram indiciados por negligência após dois idosos morrerem em hospitais de Goiânia e Aparecida de Goiânia. A primeira vítima, Sebastião Amorim, de 75 anos, faleceu 15 dias depois de fazer um procedimento cirúrgico em uma unidade de saúde aparecidense no dia 27 de abril de 2016. 

Segundo a Polícia Civil (PC), Sebastião morreu devido a complicações de uma cirurgia de angioplastia. O que chamou a atenção da corporação foi a recusa do médico em atender o idoso após o procedimento, obrigando os familiares a perambular por vários hospitais, até a morte da vítima. 

O profissional responsável pela cirurgia e o não atendimento pós cirúrgico acabou sendo indiciado por homicídio culposo por negligência. 

O segundo idoso vítima de negligência foi Edmundo Elizário Galvão, que veio a óbito no dia 10 de maio de 2022, em razão de uma queda na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital que estava internado, em Goiânia. A queda só foi percebida por uma das filhas do idoso, que acionou a equipe médica plantonista do dia, que negou o acidente. 

Pela demora em identificar a lesão no cérebro da vítima, Edmundo acabou morrendo três dias depois da queda. Conforme a PC, bastava uma simples tomografia para identificar a lesão e, com uma cirurgia, conter a hemorragia.

Os dois médicos responsáveis pelos atendimentos à vítima foram indiciadas por homicídio culposo na forma de negligência.