A equipe do Jornal Opção visitou a empresa Cedro do Líbano Comércio e Materiais para Construção Ltda, na região Noroeste de Goiânia, nesta quinta-feira, 18. A madeireira é alvo da Polícia Federal (PF) por suposto depósito de cerca de R$ 25 mil na conta bancária do ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sargento Luis Marcos dos Reis. Ele está sendo investigado.

Da conta do acusado, o dinheiro teria sido usado para pagar despesas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). A PF suspeita de um contrato entre a Cedro do Líbano com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). A polícia investiga se houve desvio de recursos. A estatal é alvo de operação que apura indícios de corrupção em outros contratos no Nordeste, realizados no ano passado.

Acerca da Cedro, que tem como sócias as empresárias Nayara Raissa Soares de Barros e Zélia do Carmo Soares de Barros, esposa de Vanderlei Cardoso de Barros; É ele quem administra de fato a empresa e foi quem respondeu ao Jornal Opção. Para os investigadores, o dinheiro saiu da conta da Cedro direto para a conta do sargento Dos Reis. Por sua vez, o militar sacava em caixa eletrônico e pagava para pessoas ligadas à então primeira-dama e para outros militares da Ajudância de Ordens da Presidência da República.

Vanderlei Cardoso alegou que o advogado dele está tentando ter acesso ao processo e que, por enquanto, não tem conhecimento do “que estamos sendo acusado”. Em relação à Codevasf, a Cedro teria participado de licitações em todo o Brasil “via leilão eletrônico” (quando quem dá o menor preço”. “Só conseguimos até hoje realizar uma única venda para a Codevasf que foi tudo dentro da lei, com mercadoria entregue dentro do prazo estabelecido. Assim sendo, não procede o que os jornais estão dizendo”, acentuou.