Lewandowski classifica morte de delegado em São Paulo como crime brutal

16 setembro 2025 às 15h08

COMPARTILHAR
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, lamentou nesta terça-feira, 16, o assassinato do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, descrevendo o crime como “brutal”.
Ele afirmou que o governo federal está à disposição da Polícia Civil paulista para auxiliar nas investigações. As declarações foram dadas pouco antes de Lewandowski participar de audiência na Câmara dos Deputados sobre a PEC da Segurança Pública.
“O assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes em São Paulo é extremamente preocupante. Foi um crime brutal que evidencia o nível de violência que infelizmente atinge o Brasil e outros países”, disse Lewandowski a jornalistas.
O ministro informou que conversou com o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) para prestar solidariedade à família de Fontes e às forças de segurança do estado. Lewandowski destacou que o Ministério da Justiça já tomou medidas cabíveis e atuará como coadjuvante na investigação.
“As investigações estão em andamento e ainda não há informações concretas. Mas certamente serão conduzidas com rigor pela Polícia de São Paulo, com apoio do governo federal, se necessário”, acrescentou. O ministro detalhou os recursos federais disponíveis para apoiar a investigação, especialmente na área de Polícia Científica.
“Temos bancos de dados de balística, DNA e outras informações. Nosso secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubo, já entrou em contato com o secretário estadual Derrite e o diretor-geral da Polícia Federal Andrei Rodrigues também se colocou à disposição como apoio à investigação”, afirmou Lewandowski.
Ruy Ferraz Fontes foi assassinado na segunda, 15, à noite durante uma emboscada em Praia Grande, litoral paulista. Ele liderou a Polícia Civil de São Paulo entre 2019 e 2022, na gestão do governador João Doria, e atualmente exercia o cargo de secretário de Administração da cidade.
Com cerca de 40 anos de atuação na Polícia Civil, Fontes foi um dos pioneiros nas investigações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC) no estado. Imagens de câmeras de segurança mostram que ele foi perseguido e alvejado por três criminosos armados, que desceram de um veículo após o carro de Fontes colidir com dois ônibus.
Leia também: