Durante a 15ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada na manhã desta terça-feira, 29, o deputado estadual Amauri Ribeiro (UB), de Goiás, foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal (PF). Foram cumpridos dois mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Goiânia e também em Piracanjuba, região sul do Estado. De acordo com o advogado de defesa do deputado, Demóstenes Torres, a polícia levou apenas o celular de Amauri.

A operação foi deflagrada como objetivo de identificar pessoas que incitaram, participaram e fomentaram os ataques às sedes dos três Poderes em 8 de janeiro. Segundo a PF, o alvo são os indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas Instituições.

O alvo dos dois mandados é o deputado estadual Amauri Ribeiro, que confessou ter participado dos atos e ainda ter financiado os golpistas. “Eu também deveria estar preso. […] Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro. Eu acampei lá e também fiquei na porta porque sou patriota”, declarou, no dia 10 de junho.

Amauri confessando ter participado dos atos golpistas durante sessão da Câmara. | Vídeo: TV Alego

Os fatos investigados constituem crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.

A PF ressaltou que as investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

A assessoria do deputado se pronunciou em nota informando que “aguarda informações oficiais sobre os detalhes e andamento do processo para se pronunciar sobre o assunto” (confira abaixo na íntegra).

Nota-resposta do Gabinete do deputado estadual Amauri Ribeiro

O Deputado Estadual Amauri Ribeiro esclarece que as suas falas foram retiradas de contexto com o claro e evidente objetivo de associar sua imagem aos atos criminosos que aconteceram em Brasília em 08 de janeiro de 2023.

Como tem sido enfatizado em suas falas, o deputado destaca que é preciso separar em dois momentos os fatos que aconteceram no Brasil depois do resultado da última eleição.

1) Amplamente divulgado pela mídia, as manifestações, em sua grande maioria, foram realizadas de forma pacífica por patriotas que permaneceram acampados na porta de quartéis e não cometeram nenhum tipo de crime. Pessoas que estavam ali exercendo o direito fundamental à livre manifestação prevista na nossa Constituição Federal.

2) Sobre os crimes cometidos em Brasília, Amauri Ribeiro enfatiza que sempre condenou e pediu punição para aqueles que cometeram atos de violência e vandalismo.

Sobre a doação de pequena quantidade de água e alimentos aos patriotas, elas foram feitas até o dia 31 de dezembro de 2022, para pais de família, mães, avós e crianças, que nunca cometeram nenhum crime e estavam ali lutando por seu país. Esse fato não tem nenhuma relação com os atos de vandalismo que aconteceram em Brasília.

E mais, o deputado condena veementemente todos os atos antidemocráticos feitos em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.

Vale ainda ressaltar, o seu total respeito às instituições democráticas, ao Supremo Tribunal Federal e a todo o sistema eleitoral brasileiro, através do qual, nos deu a confiança para concorrer e obter êxito em 4 eleições.

Por fim, o DEPUTADO ESTADUAL AMAURI RIBEIRO se coloca à disposição de todas as autoridades brasileiras e, também, todos os seus sigilos e o que se fizer necessário para democraticamente esclarecer os fatos.

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