A Polícia Federal (PF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) encerraram as atividades de combate a garimpos ilegais de ouro. A operação chamada de Ibi-Çoroc aconteceu no Parque Nacional do Juruena (PNJu), em Nova Bandeirantes, Mato Grosso. De acordo com levantamentos preliminares da polícia, os danos ambientais ultrapassam os R$ 46 milhões.

Em relação ao desmatamento ilegal financiado pela mineração para a atividade minerária, o valor chega a R$ 300 milhões. A investigação revelou que grileiros, ao se apropriarem de terras públicas, se associavam a garimpeiros para explorar a área. Para tanto, cobravam um percentual do minério extraído do local.

Por meio de imagens de satélites do Programa Brasil M.A.I.S. (Meio Ambiente Integrado e Seguro), coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, o governo conseguiu identificar locais explorados por garimpeiros e grileiros.

Após o monitoramento de georreferenciamento, os alertas de desmatamento e mineração ilegal foi possível aos agentes federais localizar 24 novas frentes de lavra de mineração. Assim, além dos acessos, em um total de 260 hectares de áreas recém abertas, 95 delas foram encontradas no interior do Parque do Juruena. 

Prisão 

A operação começou no último dia 1º, quando foi preso o presidente da Cooperativa de Mineração de Nova Bandeirantes (Cooperrios). Ele foi apontado com o responsável pela operação ilegal de garimpo na região e sem possuir a autorização da Agência Nacional de Mineração (ANM). A pena para os crimes pode chegar aos seis anos de prisão. 

A PF informa que os próximos passos da operação será identificar os líderes e demais integrantes da associação criminosa e a completa descapitalização das extrações de ouro.

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