Falsificador goiano é alvo da PF por venda de notas e documentos
02 agosto 2023 às 09h14
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Um homem foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira, 2, suspeito de vender notas e documentos falsos por meio de aplicativos de mensagens. O investigado também era responsável por divulgar o comércio de cartões de crédito clonados.
De acordo com a PF, a fim de despistar a polícia, o homem utilizava contas bancárias de “laranjas” para receber os pagamentos. Ao todo, a corporação cumpre três mandados de busca e
apreensão e um mandado de prisão preventiva, em Rio Verde e Maurilândia. Segundo a corporação, caso seja condenado, o investigado poderá pegar uma pena de até 12 anos por adquirir, vender e introduzir moeda falsa.
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Comércio ilegal
O comércio de “notas fake” e cartões clonados já foi exposto pelo Jornal Opção, que mostrou a facilidade em conseguir as “mercadorias”. Durante sete dias, o repórter se infiltrou em grupos voltados a essa prática ilícita e negociou com criminosos, que ofereceram preços tentadores. Com R$ 100, por exemplo, o indivíduo poderia adquirir até 1 mil em notas falsas de R$ 5, R$ 10, R$ 20, R$ 50, R$ 100 e R$ 200. Porém, há ainda a opção de “comprar” o saldo bancário de contas de terceiros. O valor é o mesmo cobrado pelas notas.
O dinheiro em espécie, porém, precisa passar por um procedimento antes de ser utilizado. Para não ser pego, o criminoso de Goiânia, com quem o repórter conversou ao se passar por uma pessoa em busca de “notas fake”, informou que é preciso passar as notas com o auxílio de um ferro de passar roupa, além de amassá-las após a aquisição. O objetivo era “envelhecer” o material.
O falsificador ainda garantiu que o repórter não precisa ter medo e que as notas passariam por “todos os testes” e que o material é “fibrado”.