Estelionato amoroso: mulher que embolsou R$ 300 mil de namorado idoso começa a ser investigada

19 setembro 2023 às 09h00

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Investigada por estelionato amoroso, Eliene Aparecida Brito, de 34 anos, é suspeita de se apropriar de R$ 300 mil do “namorado”, um servidor aposentado da Câmara dos Deputados, de 84 anos, com salário de R$ 17 mil. A investigação começou após a família do idoso, que é 50 anos mais velho que a amada, registrar um boletim de ocorrência contra a mulher na última sexta-feira, 15, na Polícia Civil do Distrito Federal.
Na semana passada, a 2ª Vara de Família de Águas Claras deferiu o pedido dos três filhos do idoso para interditar o aposentado, após ele transferir R$ 190 mil para uma adolescente, de 16 anos, que é filha de Eliene. A decisão ocorreu após a família apresentar um atestado médico psiquiátrico de sanidade mental e capacidade civil.
De acordo com o documento, o idoso tem transtorno de personalidade paranoide e transtorno neurocognitivo maior ou demência. Agora, qualquer ato relacionado ao patrimônio dele deverá ser feito com anuência de um dos herdeiros. O Ministério Público também se posicionou a favor da medida.
Empréstimos
Além das transferências de R$ 190 mil feitas para a conta da filha da “namorada”, o idoso fez três empréstimos no banco para Eliene. Em diferentes ocasiões, ele fez diversos saques, sempre de aproximadamente R$ 1,5 mil ou R$ 2 mil. Todo o dinheiro teria sido entregue a Eliene. Além disso, transferências via Pix, que somam R$ 90 mil, foram feitas da conta do idoso em favor de dois homens que teriam ligações com a investigada.
O idoso teria conhecido Eliene em um shopping da capital federal, em janeiro de 2023. Ela se apresentou como cabeleireira e, no mês seguinte, a mulher passou a receber dinheiro do aposentado. A investigada teria embolsado, de uma só vez, R$ 139 mil. Depois de receber a bolada, Eliene teria sumido por um mês. Ao reaparecer, mais dinheiro foi enviado para ela.
Furto
Eliene também é apontada como a autora de dois furtos registrados na PCDF, em 2010 e 2013. No primeiro caso, ela figura como responsável por furtar R$ 250 que estavam dentro da carteira da dona de uma casa que a recebeu quando ela trabalhava como funcionária de uma empresa de telefonia.
Três anos depois, a mulher foi levada à 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) após furtar seis peças de roupas de uma loja de departamentos em um shopping da região. Ela confessou ao segurança do estabelecimento que havia cortado as etiquetas das roupas e, em seguida, escondido os itens na bolsa. Eliene foi detida após câmeras de segurança flagraram a ação.
O Jornal Opção não conseguiu localizar a defesa da mulher para que se posicionasse. Espaço permanece aberto para esclarecimentos.