Em Rio Verde, homem mata ex-mulher dormindo e se mata em seguida
29 janeiro 2024 às 11h13
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Em Rio Verde, no sudoeste do estado, o empresário Oswaldo Fuga Filho, de 55 anos, matou a tiros a massagista Dalvanira Alves Martins Fuga, de 44 anos, enquanto ela dormia. Logo em seguida, o agressor cometeu suicídio. O crime aconteceu na madrugada do último sábado, 27, e os corpos foram encontrados pelo cunhado de Oswaldo.
No local, a Polícia Militar recebeu informações de que o empresário havia enviado uma mensagem à irmã da vítima, prevendo o crime. Mesmo alertada, a irmã, que não mora em Rio Verde, avisou outros familiares para irem à casa. Ao chegarem, encontraram o casal já sem vida.
Segundo relatos dos familiares à polícia, o casal estava junto há mais de 20 anos, com períodos de separação ao longo desse tempo. Atualmente, estavam separados, mas Oswaldo ainda possuía a chave da casa de Dalvanira. Foi através dessa chave que ele conseguiu entrar na residência e cometer o homicídio enquanto ela dormia.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO). A reportagem entrou em contato com a delegada titular do Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) de Rio Verde, Jaqueline Camargo, mas não obteve retorno. O telefone da delegacia da Polícia Civil da 8ª Regional também não atendeu.
Feminicídio em Rio Verde vai a júri popular
O acusado de matar e estuprar a fisioterapeuta Larissa Araújo, em Rio Verde, vai passar por júri popular. O crime aconteceu em outubro do ano passado e foi descoberto depois de um acidente, em que o corpo da mulher foi lançado para fora do carro na BR-060.
No dia do crime, o pintor entrou na casa da vítima durante a madrugada para roubar. Como ela estava no local, o homem decidiu estuprá-la. Depois disso, ele matou a fisioterapeuta estrangulada.
Feminicídio cresce pelo 4º ano seguido
Pelo quarto ano consecutivo, houve um aumento nos casos de feminicídio em Goiás. Em 2022, foram registradas 57 ocorrências desse tipo, representando um aumento de 58% em relação a 2018, quando foram contabilizados 36 casos.
O aumento nos casos de feminicídio é consistente desde 2018, ano em que foram registrados 713 casos de estupro. Entretanto, nos anos seguintes até 2021, houve uma diminuição nesse crime. Porém, no ano passado, o indicador voltou a crescer, com 322 queixas, em comparação com 278 nos 12 meses anteriores. Esses dados, que são subnotificados, refletem uma persistência da violência de gênero no estado de Goiás.
O titular da SSP-GO, coronel Renato Brum, considera que a mudança na curva está associada a uma alteração na lei. “Houve mudança recente na legislação. Atentado violento ao pudor, por exemplo, passou a ser estupro. Desta forma, crescem os registros”, argumentou durante apresentação do balanço de 2023.
O crime de feminicídio é uma qualificadora do crime de homicídio que requer a condição da violência doméstica ou o menosprezo ou discriminação à condição de mulher para que seja caracterizado. Segundo a SSPGO, por isto, “é possível que os dados hoje registrados como feminicídio possam mudar a natureza com o andamento das investigações, haja vista que o registro da ocorrência leva em consideração a verificação prévia do ato e ao longo das diligências policiais a serem realizadas no bojo do inquérito policial para confirmação de tal, os critérios específicos exigidos pela qualificadora podem não ser comprovados.”