Atos golpistas: PF cumpre mais dois mandados de prisão em Goiás
17 agosto 2023 às 08h57
COMPARTILHAR
Em mais uma fase da operação Lesa Pátria, a Polícia Federal cumpre 10 mandados de prisão preventiva na manhã desta quinta-feira, 17, contra responsáveis por convocar nas redes sociais o ato antidemocrático do 8 de Janeiro. Em Goiânia, até o momento, foi presa a cantora gospel Fernanda Ôliver.
A cantora ficou conhecida como “a musa das manifestações golpistas bolsonaristas”. Fernanda ganhou destaque entre os que ficaram na porta do Quartel General do Exército em Brasília. Nascida em Tocantins e atualmente morando em Goiânia, as redes sociais informam que ela teria ter começado sua carreira aos 3 anos. Com cerca de 139 mil seguidores no Instagram, ela chegou a gravar o chamado “hino das manifestações”, participou do ato golpista e fez lives mostrando o momento da invasão ao Congresso. Com a notoriedade, acabou fazendo amizade com vários pastores e alinhando diversas agendas ao longo do ano.
Em nota, a corporação informou que no total estão sendo cumpridos os seguintes mandados de prisão preventiva: dois no Distrito Federal, dois em Goiás, um na Paraíba, dois no Paraná e três em Santa Catarina, além de 16 mandados de busca e apreensão na Bahia, em Goiás, na Paraíba, no Paraná, em Santa Catarina e no Distrito Federal.
“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo”, informa a PF. Ainda de acordo com a nota, os alvos da operação são suspeitos de terem fomentado o que a corporação se refere como “Festa da Selma”, codinome utilizado para se referir às invasões.
“O termo Festa da Selma foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos. Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam ainda termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído.”