Inconformada com fim do relacionamento, advogada pode ter usado suco para matar ex-sogro e mãe
21 dezembro 2023 às 13h11
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O suco comprado pela suspeita de matar envenenados o ex-sogro Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86, pode ter sido o alimento usado para cometer o crime, afirma o delegado Carlos Alfama. A advogada Amanda Partata, de 31 anos, presa na quarta-feira, 20, pelo envolvimento no duplo homicídio, teria dissolvido o veneno no líquido antes de levá-lo para a residência das vítimas.
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O investigador afirmou que a mulher comprou o suco, além de doces e biscoitos em um estabelecimento de Goiânia e, então, os levou para o hotel onde estava hospedada na capital antes de ir ao encontro de Leonardo e Luzia. A polícia acredita que foi neste momento que a bebida foi manipulada, porém, não descartou a possibilidade do veneno ter sido colocado na própria casa das vítimas. A advogada negou o crime durante o interrogatório, assim como no momento em que chegou na prisão.
“Por uma questão técnica, é mais possível que o veneno tenha sido ministrado no suco, porque é mais fácil de dissolver o veneno no meio líquido. Ainda não temos certeza se foi o suco que provocou as mortes, mas confirmamos que ela sabia qual alimento estava envenenado. Ela não chegou a comer”, afirmou o delegado.
A Polícia Científica ainda tenta analisar qual a substância exata foi usada no envenenamento das vítimas. Mais de 300 pesticidas estão sendo analisados para tentar identificar qual pode ter sido aplicado.
“Mesmo que a perícia não encontre veneno nas substâncias apreendidas, a certeza é de foi uma morte por envenenamento. Não foi intoxicação alimentar, isso a perícia facilmente já detectou. Não foi infecção bacteriana. Qual a outra possibilidade? O perito apontou que a morte foi por envenenamento”, disse.
Motivação
O investigador acredita que o crime aconteceu pelo fato de Amanda ter se sentido rejeitada após o término do namoro com o filho de Leonardo. Mesmo separados, ela continuava frequentando a casa dos parentes do ex-namorado, pois afirmou que estava grávida dele. O delegado concluiu, no entanto, que essa gestação é falsa.
No dia do crime, estavam na casa Leonardo Pereira Alves, pai do ex-namorado, Luzia Tereza Alves, avó do ex-namorado, e o marido de Luzia. Amanda chegou com alimentos para um café da manhã. Dos moradores, apenas o último familiar não fez a refeição.
“Eu acredito que a intenção dela era matar qualquer pessoa que consumisse os alimentos. Por esse motivo, representamos pela prisão temporária e pedimos a conversão em preventiva”, concluiu Alfama.
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