Os réus Jeferson Cavalcante Rodrigues e Raíssa Nunes Borges, dois dos quatro acusados de planejar e executar o assassinado da jovem Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos, em Goiânia, vão a júri popular na próxima terça-feira, 29. O crime ocorreu no dia 24 de agosto de 2021, no setor Jaó. 

Esta é a segunda vez que Jefferson vai a júri popular. O primeiro julgamento foi realizado no dia 13 de março, data em que Enzo Jacomini (conhecido como Freya) foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado. Na ocasião, a defesa de Jeferson solicitou o desmembramento do julgamento, pedido que foi aceito pelo Ministério Público e pelo juiz Jesseir, fazendo com que o julgamento fosse adiado. 

“Minha expectativa é que peguem a pena máxima. A Raíssa deu a primeira facada na minha filha. Acredito que sem o motorista [Jeferson] a minha filha não teria morrido. É complicado lidar com os assassinos da minha filha, ficar de frente para eles. Estou juntando forças”, afirmou a mãe de Ariane, Eliane Laureano. 

Relembre o caso 

O corpo de Ariane foi encontrado pela Polícia Civil (PC) em estado avançado de decomposição na manhã de 31 de agosto de 2021, em uma mata. A Polícia Técnico-Científica informou que a identificação foi feita por meio de impressões digitais. A jovem havia desaparecido no dia 24 de agosto, após dizer para a mãe que iria se encontrar com os amigos para comer e que eles pagariam o lanche.

“Eu tinha condições de comprar um lanche para a minha filha, era só ela pedir. Mas ela não queria lanchar comigo, ela queria lanchar com as amigas dela. Ela foi atraída por isso. Todos têm culpa, jogaram minha filha como se fosse um animal. Na verdade, nem um animal é digno disso”, relembrou Eliane. 

O quarteto foi identificado e até hoje continua preso, exceto a namorada de Raíssa, na época, com 16 anos. A jovem, hoje maior de idade, inclusive, é ativa nas redes sociais. Veja participações: 

  • Enzo Jacomini Carneiro (vulgo Freya): apontada como autora de facadas em Ariane dentro do carro;
  • Jeferson Cavalcante Rodrigues: usou o próprio carro para levar o grupo no passeio e depois jogar o corpo numa mata;
  • Raíssa Nunes Borges: a polícia disse que ela queria saber se era psicopata. Também é apontada como autora de facadas.
  • Adolescente, hoje maior de idade: foi apreendida à época do assassinato, mas o processo corre em segredo de justiça.