Estudo sugere que racismo pode estar associado ao envelhecimento precoce
21 novembro 2022 às 17h06
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Um estudo da Universidade de Columbia, nos EUA, sugere que a exposição a situação de racismo pode acelerar o envelhecimento do cérebro de pessoas negras. Os cientistas fizeram testes de ressonância magnética em 455 participantes negros, 275 brancos e 737 latinos.
Os exames incluíram pessoas de meia idade, isto é, por volta de 50 anos, e idosos. Os resultados apresentaram que, em relação aos indivíduos brancos, os voluntários negros de meia idade e idosos tiveram mais sinais de envelhecimento do cérebro e de doenças vasculares no órgão. Essas patologias são indícios do desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, dentre elas o Alzheimer.
No entanto, os participantes latinos e brancos que apresentaram os problemas já estavam no final da vida. Isto, indicou que há um envelhecimento precoce e acelerado entre os voluntários negros. Assim, concluíram os pesquisadores, que uma vida exposta ao racismo pode esclarecer a disparidade entre os grupos.
Neste cenário, os “efeitos cumulativos de opressão, adversidade ambiental e estresse psicológico” do racismo estariam associados ao envelhecimento precoce de negros. A pesquisa ainda não é conclusivo e os cientistas pretendem dar continuidade nos testes para compreender o motivo dos grupos hispânicos, que sofrem discriminação forte nos Estados Unidos. Isso porque, os dados deles não apresentaram semelhantes aos resultados apresentados pelos voluntários negros.