Adalto Bento Leal: "Esse novo disco toca na cidade do Porto, em Portugal"

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Com mais de 50 anos vividos com o violão em mãos, o compositor e musicista goiano, Adalto Bento Leal, concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal Opção. Ele nasceu em Ceres e prestigiou milhares de goianos com suas melodias desde que adquiriu o primeiro violão em 1968.

Influenciado inicialmente pela música sertaneja, Adalto relembra seu encantamento com a Tropicália e a Jovem Guarda. “Depois eu conheci internacionais, como Beatles e Led Zepelim, as músicas populares brasileiras”. Ele conta que tinha o hábito de ouvir a rádio, pois em sua casa não havia televisão.

A versão digital do álbum está sendo lançada pela gravadora Kuarup. As capas foram ilustradas pelo artista goiano, Kleuber Garcez. Adalto também incentiva que os ouvintes leiam atentamente os nomes de músicos e artistas que participaram dessa produção.

O 10º álbum de memórias e pensamentos

Agora, em 2024, ele lançou seu décimo álbum. De acordo com o músico, ele “sonhava em gravar mais discos de vinil” desde 1981, quando lançou um disco com sua ex-mulher e sempre parceira, Wanda D’Almeida. Adalto foi casado com Wanda por 17 anos, e continuaram se apresentando juntos por mais 5 anos após a separação do casal.

Infelizmente, ela faleceu no dia 6 de fevereiro de 1998 por conta de um câncer. Wanda & Adalto foi uma dupla famosa da geração de músicos goianos anterior, dos anos 70. E ele faz questão de manter memórias vivas, não apenas da Wanda, mas também do movimento do MPB em Goiás.

Talvez seja por isso que ele escolheu lançar a versão física do álbum em vinil. Entre seus 10 álbuns, esse é o terceiro nesse formato. O 9º álbum chama a atenção também por ser um disco de vinil transparente, enquanto o 10º chegou em um vibrante tom de azul.

Músicas recheadas de verdade

Segundo o artista, suas músicas tratam os momentos de sua vida e o cotidiano das pessoas ao seu redor. “É sobre reflexões do mundo que você passa a observar. Sobre o que há de humano nas pessoas, o que acontece no mundo, eu tento traduzir em letras”, relata.

“Enquanto humanos, somos produtos do meio. Todo mundo ensina e todo mundo aprende um com o outro”, reflete o músico sobre a importância da arte. “Talvez você aprenda ou seja movido por essa melodia”, afirma ele.

O legado que eu deixo são as minhas músicas, assim como eu aprendo com as pessoas, também espero estar contribuindo com a sociedade

Inclusive, ele relata que gosta e viajar. Graças as suas viagens mais recentes, foi capaz de gravar um de seus clipes em Machu Pichu; foi entrevistado pela Rádio Vaticana; e ainda disponibilizou discos de vinil para venda em Portugal. Ele até menciona que precisa enviar mais cópias para lá.