Secretaria e Conselho Municipal de Cultura homenageiam trabalho do Opção Cultural
04 junho 2016 às 11h35

COMPARTILHAR
Solenidade agraciou 30 nomes, que contribuíram com a cultura em Goiânia e no Estado durante os anos de funcionamento da entidade

Yago Rodrigues Alvim
Nesses 40 anos de Jornal Opção, muito tem sido feito em prol da arte e cultura, nas suas mais diversas expressividades humanas. São palavras e mais palavras agraciadas pelo fazer artístico, virando parágrafos, manchetes, pão diário de quem tem fome não só de comida, como há muito e bem já se cantou. O fundador do Jornal Opção, Herbert de Moraes, que nos dias derradeiros de 1975, criou o jornal, ensinou a muitos o labor de uma escrita crítica; ensinamentos estes que seguiu a filha Patrícia Moraes Machado, atual diretora do jornal.

A história do Jornal Opção sempre ressaltou o fazer artístico. O editor-chefe Euler de França Belém há muito escreve sobre grandes, de Rosa a J. Veiga; e continua escrevendo — sobre os novos e os antigos escritores do mundo. Tanto que criou um caderno dedicado à área, o Opção Cultural. Sob o cuidado do então editor Carlos Willian Leite, o caderno se arejou por anos com reportagens de fôlego, artigos críticos, listas, contos e crônicas.
Hoje, o caderno segue sob novos olhares — deste que vos escreve e do editor-assistente do Jornal Opção, Marcos Nunes Carreiro —, com o apoio de incontáveis e incríveis colaboradores de todo o país e, claro, dos inúmeros leitores, os quais se multiplicam, cada vez mais e aos quais, nós muito agradecemos.
E graças a todo o trabalho que tem sido feito, ainda que com muito a aprender e crescer, o Jornal Opção foi homenageado no evento de 30 anos do Conselho Municipal de Cultura, realizado pela Prefeitura de Goiânia, por meio da secretaria municipal de Cultura e do próprio Conselho.

Na cerimônia, conduzida pelo então presidente do Conselho, Norval Berbari — o qual encerrou seu mandato de 2,5 anos, no dia 31 de maio —, 30 nomes foram condecorados por suas ações em prol da Arte e Cultura. Nomes como o do presidente da seccional goiana da União Brasileira de Escritores — Seção Goiás, Edival Lourenço; dos ex-prefeitos Pedro Wilson e Daniel Antônio de Oliveira (este que também presidiu o Conselho e foi o primeiro a aprovar uma lei de incentivo de Cultura na capital); do maestro Joaquim Jayme; e da Câmara Municipal de Cultura.
Confira a entrevista realizada com Berbari, que esteve à frente da última gestão do Conselho:
Como foi o último biênio, o qual o sr. presidiu?
Fizemos o dever de casa; todos os que eram possíveis. Temos um regimento interno que nos delimita, inclusive, dentro daquilo que é cabível ao próprio governo. Nós realizamos as Conferências Municipais de Cultura, que é quando a sociedade civil participa e delibera determinadas ações, e o Conselho fez o aperfeiçoamento dessas para encaminhá-las, então, ao Poder para que ele as execute.
Infelizmente, com todas as instâncias e esferas, esbarramos em problemas e burocracias e, assim, muito acabou não saindo do papel. Muitas das ações dependem de leis e, assim, de elaboração de um projeto e de todo o trâmite da Câmara, o que, às vezes, é demorado. Mas muitas questões foram encaminhadas. A intenção é buscar o melhor para todos. O que queremos é isso.

Em meio a dificuldades, a perspectiva é de que o Conselho continue, então, na busca por melhorias na área cultural?
Sim, claro. Quando há crises e dificuldades é que crescemos, pois passamos a discutir e debater as questões e suas respectivas saídas. Às vezes, a Lei Municipal, por exemplo, sofre um recuo no valor; já noutras, conseguimos ampliar. E sempre contamos, para isso, com a imprensa. Agradecemos, assim, ao Jornal Opção pelo apoio dado aos artistas e fazedores de arte e cultura e às ações das instâncias, sejam as do Conselho, do município ou do Legislativo, cobrando que as coisas aconteçam.
Quanto à homenagem — ao Opção, em especial — como ela surgiu?
Com os 30 anos do Conselho, nós decidimos reunir 30 nomes para que fossem agraciados. Muitos dos que queríamos homenagear, claro, já não estão entre nós e não daria para homenagear todos que ainda hoje fazem pela nossa cultura. Enlencamos alguns nomes de veículos de comunicação e imprensa que, por todos esses anos, atuam na área. Dentre eles, e em especial, o Jornal Opção que mantém seu caderno de cultura, o Opção Cultural; os outros estão acabando, encolhendo seus espaços, o que é muito ruim. Mas pedimos sempre por espaço, que é importantíssimo na divulgação e valorização da arte e cultura. l