Em sua 7ª edição, a mostra traz uma programação com grupos da Coreia e de diversos cantos do Brasil, além de oficinas de capacitação

“Sobre Isto, Meu Corpo não Cansa”, da Quasar Cia.. de Dança, que está na realização do Paralelo 16 | Layza Vasconcelos
“Sobre Isto, Meu Corpo não Cansa”, da Quasar Cia. de Dança, que está na realização do Paralelo 16 | Layza Vasconcelos

Yago Rodrigues Alvim

A Modern Table Contem­porary Dance Company dá início à sétima edição do Paralelo 16 –– Mostra de Dança Contemporânea. A cia. sul coreana traz para os palcos do Teatro Goiânia o espetáculo “Darkness Poomba”, uma peça que reitera a dinamicidade da dança, com movimentos performáticos dos intérpretes, numa atmosfera até agressiva pelos zunidos que beira o rock. E no programa, os amores de Tulipa Ruiz, Mallu e Clarice Falcão embalam “Sobre Isto, Meu Corpo Não Can­sa”, da Quasar Cia.. de Dança, que está à frente da realização do festival.

“Darkness Poomba”, da Modern Table Contemporary Dance Company (Coreia do Sul) | Layza Vasconcelos
“Darkness Poomba”, da Modern Table Contemporary Dance Company (Coreia do Sul) | Divulgação

Idealizado pela produtora cultural Vera Bicalho, Paralelo 16 conta ainda com o patrocínio do O Boticário na Dança, através do Ministério da Cultura e da Caixa Econômica Federal, e do apoio institucional do Fundo de Arte e Cultura de Goiás. “Eventos como este geram uma grande movimentação no cenário cultural de toda a região Centro-Oeste. Além de promover o intercâmbio artístico entre diferentes Estados, a proposta da mostra é colocar Goiás no roteiro de grandes eventos de dança do País”, diz Vera.

Além da Quasar e da Modern Table, os palcos do Teatro Goiânia e do Espaço Quasar recebem: a Cia. de Dança do Teatro Alberto Ma­ranhão, do Rio Grande do Norte, com o espetáculo “Rio Cor de Rosa”; a companhia de dança do mineiro João Paulo Gross, com “O Crivo”; o grupo de Edson Beserra e seu Com­posto de Ideias, do Distrito Federal, com “Vinil de Asfalto”; “Pretérito Imperfeito” da Mimulus Cia. de Dança, de Minas Gerais; e o Grupo de Dança 1º Ato, também mi­neiro, com o espetáculo “InstHa­bilidade”. Os sete grupos dos diversos cantos do Brasil e até da Coreia do Sul consolidam o Paralelo 16 como um dos maiores eventos artísticos do Centro-Oeste.

Oficinas

“Rio Cor de Rosa”, da Cia. de Dança do Teatro Alberto Maranhão (RN) | Brunno Martins
“Rio Cor de Rosa”, da Cia. de Dança do Teatro Alberto Maranhão (RN) | Brunno Martins

Além das apresentações artísticas, a sétima edição do Paralelo 16 oferece três minicursos, com o objetivo de capacitar e profissionalizar o mercado goiano de dança, que acrescem o todo do festival. Nas palavras de Vera, “o Paralelo 16 imprime na seleção de seus convidados, espetáculos com qualidade técnica, cênica e principalmente artística. O objetivo é a própria divulgação da dança como linguagem artística, voltada sempre para a formação de público e fomento aos trabalhos dos profissionais de arte”.

A artista visual Sofia Orihuela ministra a oficina “A Câmera e o Movimento” entre os dias 27 de abril e 3 de maio; o coreógrafo da Modern Table, Jae Duk Kim, dá uma oficina sobre dança contemporânea no dia 3 de maio; e Jomar Mesquita, coreógrafo da Mimulus Cia. de Dança, promove, no dia 10, o curso “Dança de Salão Sob a Visão Contemporânea”. As inscrições para oficina de Orihuela já se encerraram, os demais minicursos têm inscrições abertas até esta terça-feira, 28. Ainda dá tempo!

Paralelo 16

“O Crivo”, de João Paulo Gross (MG) | Lu Barcelos
“O Crivo”, de João Paulo Gross (MG) | Lu Barcelos

O festival começou em agosto de 2005 como uma mostra não competitiva de dança, já trazendo nomes de destaque da dança contemporânea brasileira. Realizado inicia.lmente pela Agência. Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel), o Paralelo 16 ocupou os palcos do Centro Cultural Martim Cererê, Teatro Madre Esperança Garrido, Teatro Goiânia, onde está sendo realizada esta edição, e até os palcos do Teatro Plínio Marcos, no Distrito Federal. Companhias como a espanhola La Intruza Danza e a Compagnie Linga, da Suíça, já movimentaram o evento.

“Vinil de Asfalto”, de Edson Beserra (DF) | Renato Mangolin
“Vinil de Asfalto”, de Edson Beserra (DF) | Renato Mangolin

Neste finalzinho de abril e início de maio, a expectativa é que o Espaço Quasar e o Teatro Goiânia seja um lugar de troca artística, de intercâmbio de conhecimento. Com ingressos acessíveis, o festival é aberto a bailarinos profissionais, estudantes de dança e a quem tem interesse e quer se familiarizar com esta linguagem artística que é a dança, e com esta expressividade do movimento.

Serviço
Oficinas: Espaço Quasar – (27 de abril a 10 de maio)
Espetáculos: Teatro Goiânia – (5 a 10 de maio)
Sempre às 20h
Ingressos: R$ 5, a meia-entrada
Mais informações: 3251-5580