Apesar de contar com uma produção nacional de respeito, a literatura de terror não é nem nunca vai ser pop. A maior prova disso é que parece estar sempre à margem, amada e odiada. E esse pode, certamente, ser o seu ingrediente primordial

Witches’ Sabbath | Foto: Reprodução / Francisco Goya (1798)

A produção de terror nacional merece respeito e reverência. Até mesmo o cinema nacional teve, nos últimos anos, algumas produções nessa linha, que abraçaram uma fatia do público. Ainda assim, não, o terror não é pop. E nem pode ser! A popularização em massa do tema pode, inclusive, tirar o que ele tem mais sagrado: ser, de certa forma, marginalizado.

O terror é o que a gente assiste mesmo tendo medo, tapando os olhos, vai dizer que não? Segundo AT Sergio, escritor pernambucano, romancista, organizador e participante de antologias nos gêneros terror, suspense, mistério e policial, publicado por diversas editoras nacionais e através da plataforma independente da Amazon, “o gênero é mesmo marginal e o seu charme está nisso. Mesmo aqueles que dizem não gostar da temática assistem e leem terror, nem que seja para acompanhar alguém”.

“Quem nunca se viu colado a alguém, querendo a companhia, soltando gritos de susto, procurando aquele olhar complacente ou um abraço carinhoso depois de uma cena mais pesada? Quem nunca se viu lendo com a luz acesa as histórias mais sombrias, com receio de ficar no escuro e ver se tornar realidade o que está escrito nas páginas de um livro? Quem não gosta de sentir a ansiedade sobre quem irá prevalecer em uma trama clássica sobre o combate entre o bem e o mal? Esse é o consumidor de terror/suspense clássico, o que teme mais ainda confessar gostar dessas sensações do que as histórias as quais consome”, complementa AT Sergio.

Ele enfatiza: “há muitos leitores/telespectadores de terror. Esses só são mais reservados, mantendo a aura do mistério e a marginalização do gênero”. Autor Hardcover, plataforma de aperfeiçoamento da escrita desenvolvida pela Vivendo de Inventar, foi finalista no prêmio SweekStars, edição 2018 e redator da revista eletrônica “A Arte do Terror”, é também colunista do portal literário “Literanima”, onde publica textos periódicos sobre criatividade e forma de escrita, e do Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica 2020, na categoria narrativa longa literatura juvenil, com Eles, seu primeiro romance solo de ficção/terror, lançado no finalzinho de 2019.

Este ano, devido à pandemia pelo Novo Coronavírus, alguns lançamentos estão em stand by. Ainda assim, AT publicou As 13: Histórias Diversas, uma coletânea com contos já consagrados em antologias e duas obras inéditas. Mesmo assim, talvez você nunca tenha ouvido falar de AT, afinal de contas, ele escreve terror, não é mesmo? Mas uma coisa é certa: se você ouviu, é porque já sabe o que é bom.

Sobre o autor

A.T. Sergio é um escritor pernambucano, romancista, organizador e participante de antologias nos gêneros terror, suspense, mistério e policial, publicado por diversas editoras nacionais e através da plataforma independente da Amazon. Autor Hardcover, plataforma de aperfeiçoamento da escrita desenvolvida pela Vivendo de Inventar, depois de publicar contos em mais de 25 antologias, estreia em romances com essa publicação, “Eles”, após ter sido finalista no prêmio SweekStars, edição 2018. Redator da revista eletrônica “A Arte do Terror”, é também colunista do portal literário “Literanima”, onde publica textos periódicos sobre criatividade e forma de escrita.