Cambriana, Carne Doce, Overfuzz, Bruna Mendez, Ara Macao, João Lucas e muitos outros contam suas novidades

Foto: Divulgação
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Yago Rodrigues Alvim

Início de ano, novas metas e planos para alcançar os tão almejados sonhos. Dar um limpa no guarda-roupa, pintar as paredes, lavar os tênis, parar com o cigarro, começar a frequentar a academia paga há meses, curtir mais os amigos na vida real, pôr as séries em dia, ir mais ao cinema, teatro e, dentre um bocado de coisas, escutar mais músicas. Das boas, vale dizer; sejam as clássicas ou fresquinhas. Melhor ainda se for naquele no fone novo, que demorou comprar; e que seja um bom, poorque vem muita coisa nova por aí. É que, do lado de lá dos foninhos, a galera também tem suas metas e planos.

Alguns artistas da cena underground goiana contaram ao Opção Cultural o que vem por aí. Se em 2015 diversas bandas e artistas solos bombaram nos mais variados palcos e rádios brasileiras, sem contar a internet, imagina com o que prometem para 2016. A expectativa é mais que boa e pode fazer a música goiana alcançar cada vez mais o público — e não só daqui, vale lembrar. A missão agora é levar a música para os quatro cantos do mundo.

Bruna Mendez

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Reprodução/Bananada

Só depois de crescida foi que surgiu nela a vontade de descobrir a música. Por isso que veio bem recentemente seu primeiro trabalho, o EP “Pra Ela”, dedicado à dona Rosinha, sua avó. Sua bossa melancólica cativou muitos palcos, levando-a inclusive a dividir palco com ninguém menos que Caetano Veloso, para quem abriu o show. Bruna conta que os planos não são muitos, mas se nota que são grandiosos, visto que começam com um disco. Tanto que, em breve, ela segue com o produtor Adriano Cintra para Pirenó­polis a fim de terminá-lo. Sem título ainda, o álbum já tem todas canções compostas, que poderão sere conferidas em maio.

Ara Macao

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Reprodução

Em 2015, uma das grandes novidades na música goiana, sem dúvida alguma, veio de ninguém menos que o vocalista do Cambriana. Sob o pseudônimo Ara Macao, Luis Calil tem lançado diversos singles num estilo Jamie XX, Disclosure e Katy B. A primeira faixa do trabalho, “Shoulders of Giants”, bem como as demais, representa um tempo de descanso dos trabalhos do Cambriana, um desabafo de Calil, sua própria expressão. Segundo ele, em 2016, a expectativa é lançar singles esporadicamente e se apresentar em festivais e casas. Sem muitas datas precisas, Calil se alegra ao informar que, ainda em janeiro, vem coisa nova por aí.

Cambriana

Foto: Luis Calil
Foto: Luis Calil

Não é surpresa alguma que todos aguardam ansiosamente o novo álbum do Cambriana. A própria banda, formada em janeiro de 2012, já divulgou a informação em sua página oficial. A expectativa, claro, é que seja neste ano. Porém, o vocalista Luis Calil diz que não tem nada definido. O grupo, que explodiu na cena musical com seu álbum de estreia “House of Tolerance”, já tem bastante material composto. O trabalho tem sido para manter sua consistência, que rendeu à banda inslcusive comparações com bandas como a estadunidense Grizzly Bear. Deixando de lado “the sad facts”, melhor viajar por Vegas, não?

Caffeine Lullabies

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Reprodução

Com sua atual formação fechada desde 2013, o grupo goiano que traz uma pegada nostálgica dos anos 1990 meio emo-indie-punk, lançou no final de 2015 seu disco de estreia, intitulado “The Closest Thing to Death”. Com o selo DullDog Records, do ex-Black Drawing Chalks Edimar Filho, o álbum traz nove faixas com uma pegada sombria. Segundo a banda, os planos para este ano são continuar trabalhando na promoção do disco e lançar material novo. Nada definido ainda, pois pode ser um EP ou mesmo um novo full album. “Também pretendemos reforçar a agenda de shows fora de Goiás e fortalecer o diálogo com alguns selos e produtoras de outros países”, contam.

 

Carne Doce

Foto: JQAQ
Foto: JQAQ

Do leito de um casal nasceu Carne Doce. Juntos há seis anos, Salma Jô e Macloys Aquino fazem hoje música das boas. Para comprovar, basta ir a qualquer show da banda ou mesmo botar para tocar seu homônimo disco de estreia, que ganhou todo o País em 2015. Ela tocava na Galo Power; ele na Mersault e na Máquina de Escrever. Macloys conta que, ainda no segundo semestre de 2015, o grupo já compunha músicas novas. Neste momento, eles produzem o disco que será gravado em São Paulo nos meses seguintes. Serão poucos shows por agora, mas o motivo é maior já que o álbum deve sair em agosto. Mas nas apresentações que rolarem, se liga, pois o guitarrista já avisou que vão tocar uma nova aqui e ali, para ver a reação do público. Uma boa, não?

Cherry Devil

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Reprodução

Sem dar muito certo por um tempo, devido às mudanças de vocalista, a Cherry Devil se consolidou em meados de 2011. Com Ewerton Santos no vocal, o grupo que traz Camilla Ferreira nos baixos tem conquistado cada vez mais espaço na cena musical goiana. Já se apresentou em Brasília, Palmas, Uruaçu, Porangatu, Pirenópolis, Cidade de Goiás e, claro, em Goiânia. Segundo eles, ainda no começo de 2016 vão entrar em estúdio. A ideia é gravar alguns lives e covers e trabalhar em novas composições. “Pretendemos mudar um pouco a cara da banda, tanto no estilo do som, quanto no visual. Mantendo a raiz, devemos fugir um pouco do rock e explorar outros estilos como o pop, o indie, o electro e por aí vai”, dizem.

DogMan

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Divulgação

Com forte influência de bandas da década de 1990, a goiana DogMan, que brinca com o inglês e a palavra “dogma” no nome para dizer que o homem “é como um ‘cão’ adestrado pelo ‘cão’, fiel de si mesmo”, se formou em 2013. O grupo, que mescla a veia grunge ao southern rock e hard rock, já se apresentou em grandes festivais da cidade como Grito Rock e Vaca Amarela. A banda tem dois EPs lançados: o acústico “Look at the Sky” e o elétrico “DogMan”. Eles contam que os planos para o ano são lançar o primeiro álbum, o intitulado “Homo Homini Canis” (ainda no primeiro semestre, entre abril e junho), tanto no formato vinil quanto online, se apresentar na próxima edição do Grito Rock, no carnaval. Mas, primeiro, vão se apresentar na Diablo Pub, ao lado da banda Rural Killers.

Gutto Sansaloni

Divulgação
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Em 2014, o cantor e compositor goiano Gutto Sansaloni lançou seu primeiro trabalho, o intitulado “Vermelho Bordeaux”. Com ele, teve a oportunidade de compor com diferentes pessoas, cantar composições de outros artistas e, assim, se expandir no meio cultural da cidade. “Este movimento de olhar para fora, de unir elementos, é a vibe do próximo álbum”, conta. Com esta ambientação fragmentada, cheio de ritmos, o cantor já deu nome ao novo disco, “Totem”, que deve sair nos próximos meses. Serão 15 canções, de 26 compostas para o trabalho. Segundo Gutto, algumas devem sair junto a singles. Basta esperar!

Stefanini

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Divulgação

Desde 2012, Stefanini bem alimentava seu canal no SoundCloud. Lançava ali seus covers, ao mesmo tempo em que já compunha o EP “ONDE”, lançado no segundo semestre de 2015. O trabalho nasceu da parceria com Gorky (Bonde do Rolê) Pedrowl e conta ainda com a produção de Luís Araújo, Thaynara Mesquita e Rodolfo Brasil. O artista já se apresentou no Bananada 2014 e 2015, abriu o show do cantor Tiago Iorc e da cantora dinamarquesa MØ. Neste ano, os planos são compor mais canções para artistas como Luiza Possi, Karol Conká e Pablo Vittar, lançar trabalhos audiovisuais para “ONDE”, gravar co­vers e, claro, trabalhar em material novo. Ainda não é certo que seu disco de estreia venha em 2016, mas vontade não falta.

João Lucas

Foto: Marcela Junqueira
Foto: Marcela Junqueira

Cantor e produtor, João Lucas foi uma das grandes maravilhas do Vaca Amarela 2015. Apresentando “João Canta Brandão”, nos palcos do Oscar Niemeyer, o artista goiano deu voz ao seu trabalho, que já está disponível em plataformas digitais como o Spotify, iTunes, Deezer e YouTube. Ele conta que o plano é lançar o álbum em formato físico ainda no começo deste ano. Além disso, João pretende tocar em casas, teatro e em festivais da cidade; e “tocar muito”, como bem diz ele. “Quem sabe também viajar pelo Brasil com o show. Este ano promete ser decisivo para a carreira de vários artistas locais. Um ano de consolidação. Sou um otimista”, complementa.

Overfuzz

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Reprodução

Em meados de 2010, Brunno Veiga (guitarra/vocal), Victor Ribeiro (bateria) e Pedro Henrique (baixo) se juntaram a fim de “beber uma” e tocar Motörhead. Demorou pouco para que contassem com algumas canções de autoria própria e pequenas apresentações. Em 2011, Bruno Andrade assumiu o baixo e o grupo gravou seu primeiro single. Numa mistura que vai do rock mais pesado ao mais dançante, o trio já se apresentou em festivais como Grito Rock, Vaca Amarela, Bananada, Goiânia Noise e, dentre outros, Canto da Primavera. “Para 2016, temos algumas surpresas; uma delas é um videoclipe, que em breve a galera vai conhecer. Nosso principal plano é circular bastante com a turnê do álbum “Bastard Sons of Rock n’ Roll”.

Peixefante

Foto: Divulgação
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Formado no início de 2015, o grupo conta, no seu primeiro EP, o intitulado “Lor­de Pacal”, a estória épica do encantamento do homem com o universo e sua busca por respostas de mistérios indecifráveis. É nesta onda que as músicas se interligam, a fim de contar a aventura de um “herói”, desde sua vida terrena, passando pela descoberta do espaço até seu retorno ao lar. Neste ano, eles buscam disseminar o disco, fazer muitos shows e trabalhar, aos poucos, no próximo trabalho. “O objetivo é agregar mais gente escutando nosso som.” E, quanto ao novo projeto, contam que já está encaminhado. “Estamos tocando as músicas, sentindo elas ao vivo e gravando aos poucos. É provável que lancemos o álbum ainda neste ano”, conclui.

Atualizado em 11 de janeiro.