Realizado em mais de 50 cidades brasileiras, a mostra, que ganha uma semana a mais nesta edição, traz filmes premiados em Cannes e pelo Oscar
Em 2015, diversos filmes franceses, dos mais variados gêneros, estatelaram o público de diversos países do mundo. Diretores e atores renomados e reconhecidos por seu trabalho chegam à capital goiana por meio de sua obra fílmica. É que de 8 a 22 de junho, Goiânia é uma das mais de 50 cidades brasileiras que recebem o Festival Varilux de Cinema Francês.
Em sua 7ª edição, o Festival ganha uma semana a mais de duração, com uma programação que fica em cartaz na Rede Lumière de Cinema; na cidade, o cinema fica no Shopping Bougainville.
São longas premiados em Cannes, no Festival de Annecy e Oscar, dentre outros. E para você não perder as melhores produções, o Opção Cultural destaca 10 das 16 obras selecionadas pelo Festival. Os horários das sessões ainda não foram divulgados pelo cinema, mas você pode acompanhar a página oficial na rede social Facebook; é só procurar por Festival Cine Francês e ficar de olho por lá. Eis, então, nossa lista.
Chocolate (Chocolat)
Em 2011, o mundo pôde conhecer Omar Sy, ator francês premiado com o César de Melhor Ator por seu papel em “Intocáveis”, obra de Olivier Nakache e Éric Toledano. É ele quem protagoniza “Chocolate”, filme presente nesta edição do Festival Varilux. Omar dá vida ao palhaço Chocolat, o primeiro artista circense negro na França. Biográfica, a produção de Roschdy Zem traz ainda no elenco Thibault de Montalembert, e James Thiérrée. Ao lado de Footit, Chocolat alcança um imenso sucesso na Paris da Belle Époque, porém, a fama e o dinheiro fácil desgastam a amizade do duo e, assim, a carreira do palhaço.
Flórida (Floride)
Os ícones do cinema francês Jean Rochefort e Sandrine Kiberlain, que protagonizam a obra do diretor Philippe Le Guay, foram a inspiração para o cartaz desta edição do Festival Varilux. Eles dão vida a Claude e Carole Lherminier, respectivamente. Pai e filha, eles lidam juntos uma desgastante batalha diária. Aos 80 anos, Claude se faz imponente, ainda que viva frequentes esquecimentos e demais ataques de confusão que recusa admitir. Carole, então, tem que cuidar dele que, por capricho, decide viajar à Flórida, sem explicar o motivo da repentina viagem.
Abril e o Mundo Extraordinário (Avril et le monde truque)
Lista na programação a premiada animação de Franck Ekinci e Christian Desmares. A história se passa no ano de 1941, num mundo completamente diferente do conhecido pela História. Marion Cotillard dá vida à jovem Abril, que perambula, na companhia do gato falante Darwin (Philippe Katerine), por uma França reinada por Napoleão V. Mergulhado em uma era pré-industrial, o país se vê estranho e cheio de mistérios. Ela parte então junto ainda de um Julius, um jovem vigarista, em busca de seus desaparecidos pais. A obra de 2015 ganhou o prêmio Cristal no Festival de Annecy.
Lolo, o Filho da Minha Namorada (Lolo)
A atriz e também musicista franco-americana Julie Delpy, conhecida por seu trabalho em “Antes do Amanhecer” (1995) — produção que se desenrolou nas sequências “Antes do Pôr-do-Sol” (2004) e “Antes da Meia-Noite” (2013) — dirige a comédia “Lolo, o Filho da Milha Namorada”. No filme, ela ainda protagoniza Violette, uma sofisticada parisiense quarentona do mundo da moda que encontra Jean-René, vivido por Vincent Lacoste (Diário de uma Camareira), por quem se deixa seduzir. Ele, porém, não conta com Lolo, o filho de Violette, que faz tudo para destruir o romance.
Meu Rei (Mon roi)
Com Vicent Cassel, Emmanuelle Bercot e Louis Garrel, o drama “Meu Rei”, de Maïwenn, integrou a seleção oficial do Festival de Cannes 2015. A obra conta a história de Tony, uma mulher que, após sofrer um grave ferimento no joelho, se muda para o sudoeste francês em busca de um tratamento que a ajude a caminhar normalmente outra vez. No entanto, ela tem de lidar com Geogio, um homem violento e possessivo com quem tem um filho e divide ainda um infeliz relacionamento. Aos poucos, Tony consegue se recuperar e, assim, se defender.
Marguerite (Marguerite)
O diretor Xavier Giannoli conta em “Marguerite” a história da rica e excêntrica americana Florence Foster Jenkins, que não desistiu de cantar em público apesar de não ter talento algum. Vivida no filme por Catherine Frot, atriz premiada com o César 2016 de Melhor Atriz, a americana ganha, então, o nome de Marguerite Dumont. Ela vive nos anos 1920, num círculo de conhecidos que matem a ilusão de que é cantora, por mais que reconheçam tamanha desafinação. A história se complica quando ela decide se apresentar na Ópera Nacional de Paris, da qual marido e amigos têm de impedi-la.
Um Amor à Altura (Un homme à la hauteur)
A comédia romântica “Um Amor à Altura”, de Laurent Tirard, traz no elenco Jean Dujardin, Virginie Efira e Cédric Kahn. O filme conta a história de Diane, uma bela mulher de personalidade e senso de humor forte. Recém-separada, a bem-sucedida advogada se vê livre para um novo amor. Mas é ao acaso que ela recebe um telefone de Alexandre, um arquiteto que recupera o telefone de Diane, após ela o ter perdido. Daí, novas amizades e um novo amor surgem, inesperadamente. Ah, já o título, não é por acaso.
Um Belo Verão
(La belle saison)
A obra da diretora Catherine Corsini traz no elenco Cécile de France, Izïa Higelin e Noémie Lvovsky, atrizes que interpretam personagens que vivem na França de 1971, época do ápice do feminismo no país. Diante de tal contexto, Delphine (Higelin) abandona sua família no interior do país para morar em Paris. Na capital, ela conhece Carole (de France), que vive com o namorado Manuel. No desenrolar da história, elas se veem próximas, à beira de uma história de amor.
Viva a França! (En mai fais ce qu’il te plait)
De Christian Carion, a obra se passa em maio de 1949, quando tropas alemãs estão prontas para invadir a França. No drama histórico, os atores August Diehl, Olivier Gourmet e a atriz Mathilde Seigner dão vida aos personagens de uma pequena vila, que se veem assustados com o progresso do inimigo e decidem, então, desafiar as ordens do governo e desbravar novas rotas, até então desconhecidas, a fim de se esconderem da ameaça estrangeira.
Um Homem e uma Mulher (Une homme et une femme)
O Festival Varilux ainda exibe o clássico de 1966, “Um Homem e uma Mulher”, de Claude Lelouch. Com Jean-Louis Trintignant, Anouk Aimée e Pierre Barouh, o romance é um clássico francês, vencedor da Palma de Ouro de 1966 e dos Oscars de Melhor Filme Estrangeiro e Roteiro Original de 1967. A exibição é em homenagem ao aniversário de 50 anos de lançamento da obra. O filme conta a história do piloto de corridas Jean-Louis Duroc, que se vê, após uma grande amizade, apaixonado por Anne Gauthier. l
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