Um levantamento feito pelo Índice Global de Empresas Familiares, mostra que somente três de cada dez nesse contexto sobrevivem a um processo de sucessão. A pesquisa ainda revela que apenas 24% dos membros da atual geração tem um plano de sucessão para as instituições. Em Goiânia existem cerca de 26 mil empresas com mais de 30 anos e que passam por esse momento.

Apesar de Goiânia ser uma capital jovem, tem sido berço de inúmeros grupos econômicos que surgiram nas primeiras décadas da cidade, e que contribuíram para o seu crescimento e desenvolvimento econômico e cultural. Dados da Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg) revelam que, atualmente, existem 26.769 empresas desse modelo.

Hoje essas instituições estão passando pelo processo de sucessão, isto é, momento em que seus fundadores estão passando o comando para as novas gerações. De acordo com o Índice Global de Empresas, apenas 36% de empresas desse tipo vão à segunda geração. Em relação às gerações seguintes, os números são ainda menores. 19% sobrevivem à terceira e unicamente 7% à quarta geração.

Para o especialista em sucessão corporativa, Marcelo Camorim, entre os motivos estão o fato de que nem sempre os filhos querem assumir os negócios dos pais. Por outro lado, há os sucessores que assumem, mas sem modernizar o negócio ou adotar condutas de gestão profissional.

“Todos esses fatores precisam ser tratados na gestão. Governança corporativa é disciplina, regra e processo. Essa estrutura permite que as decisões tomadas sejam mais pautadas no mercado e menos desapegadas de questões emocionais que envolvem todo negócio familiar. Até mesmo a contratação de um parente é observada segundo os critérios técnicos”, pontua Marcelo Camorim.

O consultor ressalta que as empresas familiares precisam se transformar em famílias empresárias. Ou seja, os sucessores necessitam ter uma visão de longo prazo, na qual o interesse coletivo prevaleça frente ao individual.

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