Utilizados para fabricação de peças para celulares e motores elétricos, os minérios chamados de ‘terras raras’, apesar do nome, são bastante abundantes nos solos de todo o mundo. Dentre os quais, o próprio território brasileiro. No País, os locais com mais incidências são Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Amazônica (parte em áreas de proteção) nos litorais do Norte e do Nordeste.

Para a fabricação de smartphones, por exemplo, é utilizada uma série de elementos ‘terras raras’, como o lantânio, térbio, neodímio, gadolínio e praseodímio. Outro metal é o neodímio usado também em televisores.

Em Minaçu, no Norte goiano, teve início a exploração de minerais magnéticos pesados e leves. Entre esses estão: disprósio (Dy), neodímio (Nd), praseodímio (Pr) e térbio (Tb). Vale destacar que o Estado de Goiás é o quinto com mais pedidos de pesquisa aprovados pela Agência Nacional de Mineração (ANM).

“O neodímio é usado, entre outras coisas, para produzir ímãs que fazem os motores de carros elétricos girarem, geradores eólicos, pá eólica lâmpadas de led, lasers, super imãs de discos rígidos, separação de componentes de petróleo, células solares e outros”, esclarece o geólogo Silas Gonçalves, da Gemma geologia.

O especialista ressalta que há, no País, a abundância de elementos utilizados para catalisadores, células solares, ímãs e lasers. No entanto, a produção e custo tecnológico da separação de minérios se tornou muito complexo para produção nacional. “A aplicação de terras raras é crescente diante da revolução industrial automotiva, computadores, eletrodoméstico, tecnologias, energia e outros, irá sobrar o lixo ambiental futuro, pois contém elementos radioativos que traz o tório e urânio, quando chegar ao ano 2100”, salienta Silas Gonçalves.

‘Terras raras’ são divididos em três áreas:

  • Leves: lantânio, cério, praseodímio e neodímio;
  • Médios: samário, európio e gadolínio;
  • Pesados: térbio, disprósio, hólmio, érbio, túlio, itérbio, lutécio, ítrio, escândio e o promécio, sendo que alguns ocorre na natureza apenas em traços nos minerais de urânio, como consequência da fissão espontânea do 238U

Neodímio

As maiores reservas de neodímio no mundo estão na China, que lidera com 44,0 milhões de toneladas; na sequência, Brasil, 22 milhões de toneladas junto com o Vietnã; Rússia, 12,0 milhões de toneladas; Índia com 6,9 milhões de toneladas; e Austrália, 3,4 milhões.

Por Estado, as reservas estão localizadas em Araxá e Poços de Caldas (MG); Minaçu e Catalão (GO), com produção desde de 1970; e Pitinga (AM), em fase de instalação da mina.

Leia também:
Terras raras: Goiás tem grande potencial de exploração do “ouro do futuro”
Mineração no Brasil pode ser responsável por 5% do CO2 do mundo