Uma projeção de 76 metros foi exibida na lateral do hotel Hilton, em Manhattan, Nova York, com palavras de despedida para o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL) durante a madrugada desta quinta-feira, 27. As imagens foram organizadas por ativistas brasileiros americanos, que alternaram a palavra “adeus” em sete idiomas diferentes.

O grupo preferiu manter o anonimato, por receio de retaliações e de riscos à integridade física dos integrantes.

Além das mensagens de despedida, a projeção critica o presidente e seus filhos, chamados de “crime family” – família do crime”. Além dos familiares, Bolsonaro também foi associado aos ex-policiais militares Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco, e Adriano Magalhães da Nóbrega, acusado de chefiar um grupo de matadores de aluguel pertencentes a uma milícia de Rio das Pedras.

Em nota, os ativistas responsáveis pela projeção em Nova York informam que a intenção da projeção é chamar a atenção do mundo para as relações da família Bolsonaro com as milícias do Rio de Janeiro. Para o grupo, Bolsonaro merece ser lembrado “por sua desastrosa condução da pandemia, por seu ‘laissez-faire’ em relação a crimes ambientais e por suas posições antidemocráticas, mas pouco se sabe ainda sobre sua proximidade com o crime organizado”.

Intervenções semelhantes com críticas ao presidente já haviam sido feitas em Nova York quando o político viajou à cidade para participar da Assembleia-Geral da ONU, no mês passado e em setembro de 2021.