Alberto Fernández, presidente da Argentina, anunciou nesta sexta-feira, 21, que não será candidato à reeleição nas eleições de outubro deste ano. Ele afirmou que deixará o cargo em 10 de dezembro, data de término de seu mandato atual.

“No dia 10 de dezembro entregarei a faixa presidencial a quem for eleito nas urnas pelo voto popular”, disse em vídeo no Twitter. “Vou trabalhar muito para que o próximo presidente seja um parceiro do nosso setor político”, completou.

A decisão de Alberto Fernández de não concorrer à reeleição nas eleições de outubro fortaleceu o nome de Cristina Kirchner, atual vice-presidente da Argentina, como possível candidata pelo Partido Justicialista.

O partido deve se reunir nesta sexta-feira, 21, para discutir a questão. O anúncio de Fernández aconteceu em meio ao agravamento da crise econômica do país, com o dólar azul – uma das cotações utilizadas pela população – batendo novo recorde na véspera (20), atingindo a marca de 432 pesos. Além disso, em março, a torcida chegou a 104% ao ano, o maior índice em três décadas.

Relação com os Kirchner

Antes de sua decisão de não concorrer à reeleição em outubro, Alberto Fernández havia chegado ao poder em 2019, derrotando o então presidente Maurício Macri.

Ele havia sido chefe de gabinete de Néstor Kirchner (2003-2007) e um de seus principais aliados políticos.

Na década de 2000, Fernández apresentou o casal Kirchner, que vinha de uma província pequena, a dirigentes influentes do país. Foi assim que se formou o Grupo Calafate, que anos depois levou Néstor à presidência da Argentina.