Após vitória da extrema-direita nas eleições primárias da Argentina, o dólar paralelo, chamado de “blue”, disparou 11% depois que o Banco Central do país também subiu os preços do dólar oficial em 22%. Além disso, a taxa de juros também subiu em 21 pontos. O governo do país tem controlado a compra da moeda estrangeira devido a escassez histórica das reservas de seus cofres.

Na tentativa de absorver pesos no mercado, o Banco Central da Argentina decidiu na última segunda-feira, 14, elevar a Leliq, taxa básica de juros do país. Com as mudanças, a taxa subiu para 21 pontos percentuais, passando de 97% para 118%.

Com 97% dos votos apurados, o deputado Javier Milei, de extrema direita, foi o grande vencedor das Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (Paso), realizadas no último domingo, 13. O resultado define os candidatos que disputarão o primeiro turno da eleição presidencial, em 22 de outubro. Enquanto o dólar oficial está equivalente a 350 pesos (moeda argentina), o dólar “minorista” ou de varejo, subiu para 365 pesos.

O Banco Central local teve que vender cerca de US$ 225 milhões (cerca de R$ 1.117 milhões) de suas reservas já limitadas na semana passada para atender à demanda do mercado e manter uma depreciação controlada da moeda.