No 9° dia de guerra, Israel mata mais três comandantes iranianos

21 junho 2025 às 10h33

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No nono dia do conflito entre Israel e o Irã, na madrugada deste sábado, 21, o país de Benjamin Netanyahu afirma ter matado mais três líderes da Guarda Revolucionária Iraniana, o exército ideológico iraniano. A informação foi divulgada pela primeira vez pela Agence France-Presse (AFP) com fontes próximas da defesa israelense.
De acordo com Israel, um destes três comandantes, Said Izad, seria o principal coordenador iraniano junto ao grupo terrorista Hamas, de Gaza, e que teria coordenado a ofensiva contra Israel nos ataques do 8 de setembro de 2023. Os outros dois líderes militares seriam peças estratégicas nos ataques diretos à Israel, como Aminpour Joudaki, suposto capitão dos ataques com drones contra o país levantino, e Behnam Shahriyari, suposto chefe da Força Quds, serviço de inteligência iraniano que supostamente coordena célula terroristas aliados ao país persa.
Os ataques ao comando iraniano vem em meio a espera de uma decisão do presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, de intervir ou não no conflito com um ataque a instalações nucleares iranianas. Ainda nesta última semana, Trump teria enviado um ultimato de duas semanas para o Irã rendesse incondicionalmente e aceitasse os acordos americanos.
Enquanto isso, autoridades norte-americanas, como a Tulsi Gabbard, diretora de Inteligência Nacional dos EUA, afirmou que o país persa está a semanas de possuir uma bomba nuclear, meses após ter declarado ao Congresso que o Irã não demonstrava sinais de construir um dispositivo nuclear, apesar de possuir os materiais e as tecnologias para isso.
Em resposta aos jornalistas, Gabbard afirma que a sua afirmação no Parlamento foi tirada do contexto pela “mídia desonesta”. Contudo, a recente troca de afirmação veio após Trump afirmar que ela está “errada” sobre o conhecimento da capacidade nuclear iraniana.
Enquanto isso, autoridades iranianas afirmam que uma intervenção americana seria “muito perigosa”. Anteriormente, militares iranianos afirmaram que qualquer ataque dos EUA, ou de algum outro país do Ocidente, iria causar uma retaliação com ataques nas bases militares estrangeiras no Oriente-Médio.
Devido a escalada de tensões, embaixadas norte-americanas e do Reino Unido foram evacuadas com a possibilidade de uma guerra formal entre as duas nações. Até o momento, a Human Rights Activists afirma que já são mais de 600 baixas pelos ataques israelenses no Irã, enquanto isso, o governo Iranano confirmou menos da metade deste número. Em contrapartida, o governo de Israel afirma que já são mais de 20 pessoas mortas pelos mísseis balísticos do país de aiatolá Ali Khamenei.
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