Militares que realizaram um golpe de estado no Níger nomearam nesta sexta-feira, 28, o general Abdourahamane Tchiani como novo líder do país. O anúncio foi feito através da televisão estatal com a nomeação do militar como “presidente do Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria”. Dessa forma, ele irá liderar a junta militar que destituiu o governo de Mohamed Bazoum.

Chefe da Guarda Presidencial desde 2011, Tchiani justificou o golpe por conta da “deterioração da situação de segurança”, assolado por grupos jihadistas. O país é marcado durante a sua história pela insurgência de extremistas que realizam ataques violentos no país. Uma situação de instabilidade que ocorre desde que conquistou a sua independência em 1960.

O golpe de estado foi amplamente condenado pela comunidade internacional. O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou que o evento é “completamente ilegítimo e profundamente perigoso para o Níger e toda a região”. A União Europeia também criticou a manobra e ameaçou suspender a ajuda financeira fornecida ao país.

Já os Estados Unidos também ameaçaram encerrar um acordo de cooperação de segurança com a nação, mas, por enquanto, manterá os mil soldados que estavam no país. Os americanos também manifestaram apoio ao presidente Bazoum.