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Um bombardeio israelense contra a Cidade de Gaza, na noite de domingo, 10, matou pelo menos seis jornalistas, incluindo cinco profissionais da emissora Al Jazeera, do Catar. Segundo a rede, o alvo foi uma tenda de imprensa instalada em frente ao portão principal do Hospital al-Shifa.

As vítimas identificadas são Anas al-Sharif, Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa, todos da Al Jazeera, além de Mohammad al-Khaldi, criador de um canal de notícias no YouTube.

O governo de Israel admitiu que o ataque tinha como principal alvo Anas al-Sharif, alegando que o repórter tinha ligação com o Hamas — acusação negada pela emissora. Pouco antes de morrer, al-Sharif, 28, publicou nas redes sociais relatos sobre bombardeios intensos na região. Em sua última mensagem, pediu que seu testemunho fosse divulgado caso fosse morto. Ele deixa dois filhos.

Em comunicado, a Al Jazeera classificou o ataque como “flagrante e premeditado” contra a liberdade de imprensa e pediu que a comunidade internacional adote medidas para deter “o genocídio em curso” e proteger jornalistas.

O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, também condenou o ataque e afirmou que Israel cometeu “crimes inimagináveis” contra profissionais da comunicação.

Segundo a Repórteres Sem Fronteiras, mais de 200 jornalistas já foram mortos em Gaza desde outubro de 2023.

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