O ex-presidente argentino Alberto Fernández, acusado de agressão por sua ex-esposa, Fabiola Yañez, voltou a negar as acusações e ofereceu diferentes explicações para as fotos que mostram Yañez com hematomas no rosto e no braço. Recentemente, Fernández foi alvo de uma operação de busca e apreensão, e uma medida restritiva foi emitida, o proibindo de se aproximar a menos de 500 metros da ex-primeira-dama.

Em uma reportagem publicada no domingo, 11, pelo site El Cohete, Fernández afirmou que os hematomas no rosto de Yañez foram causados por um “tratamento de rugas” e não por agressão física. A reportagem cita que “o ex-presidente alega que o hematoma não é resultado de um golpe, mas sim de um tratamento estético contra rugas.”

O site também relata que as supostas agressões ocorreram em 12 e 13 de agosto de 2021, logo após a revelação de uma festa que Fernández teria organizado em 2020 na casa oficial de Los Olivos, durante um período de restrições rigorosas devido à pandemia de covid-19.

Na época, Fernández atribuiu a responsabilidade pela festa à sua “querida Fabiola” durante uma coletiva de imprensa. Na reportagem do El Cohete, Fernández também tentou explicar os hematomas nos braços de Yañez, alegando que eles surgiram durante discussões frequentes sobre a saúde dela, quando ele a segurou pelos braços para se defender, o que teria causado as marcas.

Fabiola Yañez registrando os hematomas que sofreu | Fotos: Infobae

Fernández apresentou mensagens trocadas com a mãe de Yañez, nas quais expressava preocupação com um possível problema de alcoolismo da ex-primeira-dama. No entanto, uma especialista médica entrevistada pela reportagem afirmou que os hematomas nas fotos não correspondem a marcas de dedos, mas sim a um “golpe.”

Fabiola Yañez falou pela primeira vez à imprensa após o caso se tornar público, em uma entrevista ao jornal argentino Infobae. Ela disse ter sofrido “assédio telefônico” e “terrorismo psicológico”, e que o ex-presidente a ameaçava de suicídio. “Essa pessoa passou dois meses me ameaçando, dia sim, dia não, dizendo que se eu fizesse isso ou aquilo, ele se suicidaria”, revelou Yañez na entrevista. “Isso é um crime”, acrescentou.

Yañez disse que essas ameaças foram o que a motivou a denunciar Fernández, que é acusado de agressão física. Atualmente, Yañez vive em Madri com o filho que teve com Fernández, cujo relacionamento terminou em 2023.

A denúncia foi formalizada na terça-feira, 6, em uma videoconferência com o juiz federal Julián Ercolini. Dois dias depois, em 8 de agosto, fotos de Yañez com hematomas no rosto e no braço foram divulgadas, supostamente como resultado das agressões. Além disso, mensagens de WhatsApp entre os dois também foram vazadas, onde Yañez afirma: “Você tem me agredido há três dias seguidos.”

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