Uma série de explosões simultâneas atingiu os pagers e walkie-talkies de membros do Hezbollah no sul do Líbano. A ação teria sido arquitetada pela Mossad, agência de inteligência de Israel, e resultou em 20 pessoas mortas e mais de 3 mil feridos. A hipótese é de que os explosivos foram inseridos nos dispositivos antes de serem entregues ao grupo.

Segundo especialistas, caso seja confirmado que isso foi um ataque deliberado, a ação seria uma das ações de infiltração mais sofisticas da história. No caso dos pagers, segundo a agência de notícia Reuters, os dispositivos receberam explosivos. A hipótese é de que os explosivos foram escondidos no compartimento de bateria, conforme a BBC.

A detonação pode ter ocorrido por meio de uma mensagem de texto. O especialista em segurança Marc Rivero, da Kaspersky, disse para o El País que os dispositivos poderiam ter entre 10 e 20 gramas de explosivos escondidos. Já Michael Horowitz, chefe da Le Beck International, acredita que um malware instalado nos pagers, levou ao superaquecimento das baterias.

As autoridades israelenses não se pronunciaram oficialmente sobre as explosões. No entanto, fontes próximas ao governo confirmem que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu teria dado a ordem para a operação. Também não confirmação sobre os detalhes as explosões nos dispositivos eletrônicos.

Caso seja comprovada a ação de Israel, especialistas apontam que Israel poderia ter um acesso significativo aos suprimentos do Hezbollah. Existe a possibilidade que os israelenses tenham utilizado a influência no mercado global para manipular os dispositivos antes deles serem repassados ao grupo terrorista.

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