O jornal britânico Daily Mail revelou que, há três dias, mais de 150 terroristas do Hamas, além de outros 90 militantes radicais filiados ao Estado Islâmico e à Jihad Islâmica, estão confortavelmente hospedados em um dos hotéis mais caros da capital egípcia, o Renaissance Mirage Cairo.

6c6cdd34-af08-4a9c-96f6-5ae5c1db7688
Matéria publicada no Daily Mail | Foto: Reprodução

De acordo com a investigação do tradicional tabloide inglês, a agência de viagens que atende os respectivos grupos é tão eficiente que conseguiu garantir apartamentos de nível luxo — cuja diária é de US$ 800 (mais de R$ 4 mil) — para todos os terroristas libertados durante o último cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Para que os reféns israelenses vivos pudessem voltar para casa, o Hamas exigiu a libertação de 154 terroristas que cometeram atentados em Israel e haviam sido condenados à prisão perpétua. Outros 1.700 prisioneiros, capturados durante os dois anos de conflito, também foram libertados.

Durante a guerra, Israel eliminou quase todos os líderes do Hamas na Faixa de Gaza e no exterior, como Ismail Haniyeh, no Irã.

Os 154 terroristas libertados há uma semana — e que agora desfrutam do luxo no Cairo — serão orientados pelos poucos líderes remanescentes, que estão em Doha, no Catar, para reestruturar o Hamas, rearmar o grupo e retomar o controle da Faixa de Gaza.

Nem Israel nem os Estados Unidos devem permitir que o grupo terrorista palestino se reorganize, mas o Egito parece disposto a aceitar o que mais se assemelha a um “Simpósio do Terror” no Renaissance Mirage Cairo.

O Daily Mail compartilhou fotos dos terroristas ao lado de turistas ocidentais em trajes de banho e relatou que os hóspedes não perceberam nada. O hotel, que pertence ao grupo Marriott, estaria agora infestado de radicais dispostos a matar e morrer por Alá. Entre eles está Samir Abu Nima, que há mais de 20 anos realizou um atentado à bomba em um ônibus em Jerusalém, matando 40 inocentes — entre eles mulheres e crianças.

Design sem nome (30) (1)
Integrantes do Hamas | Foto: Reprodução

Outro hóspede é Mahmoud Issa, considerado frio e perigoso. Ele é fundador da unidade Izz ad-Din al-Qassam, braço armado do Hamas especializado em sequestros. Há poucos dias, Issa e o próprio Izz ad-Din — outro terrorista de alta periculosidade, responsável por recrutar e treinar centenas de radicais para ataques suicidas e assassinar oito israelenses — foram vistos treinando juntos na academia do hotel.

Segundo o Daily Mail, os 154 terroristas do Hamas foram frequentemente vistos sacando grandes quantias de dinheiro, repassadas pela Autoridade Palestina (AP) — entidade corrupta e ineficaz que administra a Cisjordânia sob o comando do ditador Mahmoud Abbas há 15 anos, desde a morte de Yasser Arafat.

A AP tem como política o pagamento de “recompensas” a palestinos que assassinam judeus. Geralmente, a quantia de 33 mil euros por ano é entregue às famílias dos terroristas, mas, como estão livres, muitos preferem sacar pessoalmente o valor — uma espécie de “bônus estatal” pelo terror.

O grupo Marriott e o hotel Renaissance devem sérias explicações aos hóspedes que, neste momento, dividem o espaço de luxo com terroristas. Deixamos aqui o espaço aberto para qualquer esclarecimento que justifique esse “encontro do terror” no Cairo.

Será que o Marriott estaria preparando alguma “surpresa” especial para o Halloween, no próximo 31 de outubro? Com a palavra, o grupo Marriott e o Renaissance Mirage Cairo.

Leia também:

O fim do Hamas e a guerra civil em Gaza