Com mais de 1,5 mil mortos na guerra entre Israel e Palestina, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o que farão com os “inimigos” ecoará “por gerações” e que Israel está “apenas começando” a contra-atacar. A guerra, que teve seu início no último sábado, 7, já deixou 1.580 vítimas e cerca de 6,1 mil feridos.

Segundo Netanyahu, até o fim do conflito, “todos os inimigos saberão que foi um erro terrível atacar Israel”, disse o ministro em pronunciamento na tarde desta segunda-feira, 9. A guerra entre o Hamas e Israel  forçou o deslocamento de mais de 187,5 mil pessoas dentro da Faixa de Gaza, indicou o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA). A maioria dos refugiados estão abrigados em escolas da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados

O número de mortos em Gaza aumentou para 687, segundo novo balanço do Ministério da Saúde palestino, com mais de 3,7 mil ficaram feridos. Em Israel, são cerca de 900 mortos e 2,4 mil feridos. Ao todo, o número vítimas fatais é de cerca de 1.580, com mais de 6,1 mil feridos.

De acordo com o ministro de Israel, o Exército israelense retomou o controle de territórios no sul do país atacados pelo Hamas perto da Faixa de Gaza, cujo “cerco total” foi ordenado como resposta à ofensiva sem precedentes do grupo islâmico palestino Hamas. O braço armado do movimento islâmico palestino Hamas, que governa Gaza, lançou no sábado uma grande ofensiva que deixou mais de 900 mortos em Israel, incluindo centenas de civis. Em resposta, Israel realiza um bombardeamento sistemático e destrutivo na Faixa de Gaza.

Na qualidade de Presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil convocou os membros do órgão para discutir, em caráter de emergência, os últimos desdobramentos do conflito israelo-palestino. O país condenou os ataques contra civis e lamentou profundamente a perda de vidas. Além disso, pontuou que as partes devem se abster da violência contra civis e cumprir suas obrigações perante o direito internacional humanitário.

Brasileiros que vivem em Gaza

Cerca de 14 mil brasileiros vivem em Israel e 6 mil na Palestina, segundo estimativas do Itamaraty. A maioria deles, no entanto, vive fora da área de conflito. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) fará a repatriação dos cerca de mil brasileiros que pediram para voltar ao Brasil.

O Escritório de Representação em Ramalá mantém contato com representantes dos cerca de trinta nacionais que vivem na Faixa de Gaza. A Embaixada em Tel Aviv, por sua vez, monitora a situação dos cerca de sessenta brasileiros estimados em Ascalão e outras localidades na zona de conflito. Não há, até o presente momento, registro de nacionais vítimas ou diretamente atingidos pelos ataques.

O início do conflito

Nas primeiras horas do último sábado, 7, final do feriado judaico de Sucot, dezenas de homens armados do grupo palestino Hamas se infiltraram no sul de Israel a partir da Faixa de Gaza.

As invasões ocorreram por terra, mar e pelo ar, com o auxílio de parapentes. Também foram registrados disparos de milhares de foguetes vindos de Gaza, que é governada pelo Hamas.

Logo após os ataques, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, postou um vídeo nas redes sociais dizendo que o país estava “em guerra”.

O ministro da Defesa de Israel disse que o Hamas “cometeu um grave erro e lançou uma guerra” contra eles mesmos.“As tropas [israelenses] estão lutando contra o inimigo em todos os locais”, acrescentou Yoav Gallant. “O Estado de Israel vencerá esta guerra.

Pouco depois, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que o seu povo tem o direito de se defender contra o “terror dos colonos e das tropas de ocupação”.