O Ministério da Saúde do Líbano informou que ao menos 274 pessoas foram mortas e mais de 1.024 ficaram feridas, incluindo crianças, mulheres e médicos após Israel atingir mais de 300 alvos do movimento islamista Hezbollah nesta segunda-feira, 23. Israel e Hezbollah, estão em confronto,  aumentando a tensão por uma guerra ampliada no Oriente Médio. Na sexta-feira, 20, comandantes do grupo libanês foram mortos em uma ofensiva aérea israelense no sul da capital Beirute.

Os alvos dos bombardeios foram centenas de bases do grupo extremista Hezbollah onde eram guardados armamentos, de acordo com os militares israelenses. Os alvos estavam no sul do Líbano, no Vale do Beqaa, no leste do país, e na região norte, perto da Síria. Mais de 800 alvos do grupo xiita foram atacados, de acordo com militares israelenses.

“Estamos aprofundando nossos ataques no Líbano, as ações continuarão até atingirmos nosso objetivo de devolver os moradores do norte em segurança para suas casas”, disse o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, em vídeo.

As FDI (Forças de Defesa de Israel) divulgaram um vídeo que mostra o ataque a uma estrutura na área de Jabal Al-Batm. O local estaria escondendo armas do Hezbollah. Em outro vídeo, as forças israelenses ilustram os locais no Líbano que estariam armazenando armamentos do grupo extremista.

O bombardeio desta 2ª feira (23.set) é considerado o ataque mais amplo territorialmente desde o início do conflito entre os israelenses e o grupo extremista, intensificado na última semana depois da explosão de pagers no Líbano.

ANI informou que “moradores de Beirute e de diversas regiões” receberam ligações telefônicas de Israel com pedidos para que “abandonem rapidamente os locais onde se encontram”. O gabinete do ministro da Informação, Ziad Makari, confirmou à agência AFP que recebeu o mesmo alerta.

“Quando a secretária do ministro atendeu, ouviu uma mensagem gravada que pedia [aos funcionários] que abandonassem o edifício ou ficariam sob escombros”, segundo a agência. O ministro denunciou uma “guerra psicológica”. As autoridades libanesas ordenaram o fechamento de escolas nas áreas atingidas pelos bombardeios na segunda e terça-feira.

Alerta aos civis libaneses

A agência de notícias ANI informou que moradores de Beirute e outras regiões receberam ligações de Israel pedindo que abandonassem suas casas imediatamente. O ministro da Informação do Líbano, Ziad Makari, confirmou que seu gabinete também recebeu o alerta. “Quando a secretária do ministro atendeu, ouviu uma mensagem gravada pedindo que evacuassem o prédio ou ficariam sob escombros”, relatou a AFP. O ministro denunciou a ação como uma “guerra psicológica”.

Em resposta aos ataques, as autoridades libanesas ordenaram o fechamento de escolas nas áreas atingidas pelos bombardeios entre segunda e terça-feira.

Explosões de pagers e acusação de hackeamento

Nos dias 17 e 18 de setembro, uma série de explosões de pagers no Líbano resultou na morte de 37 pessoas. Tanto o governo libanês quanto o Hezbollah acusam Israel de hackear os dispositivos usados pelos membros do grupo. Embora pagers tenham se tornado obsoletos com a disseminação de smartphones, eles ainda são utilizados para comunicações confiáveis em determinadas áreas.

Além disso, um bombardeio nos arredores de Beirute resultou na morte de vários membros de alto escalão do grupo. Os três ataques, atribuídos a Israel, deixaram um saldo de quase 80 mortos e cerca de 3.000 feridos.

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