Bastidores

[caption id="attachment_42085" align="alignright" width="620"] Foto: Fernando Leite/ Jornal Opção[/caption]O presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, localizado em Teresina, elogiou a cidade — “bonita e limpa” — e os correligionários locais. “A estrutura do PHS no Piauí está cada vez mais sedimentada.”
Perguntado sobre a possibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff, Eduardo Machado aposta que a petista pode cair. “O que estou manifestando não é uma defesa do impedimento da presidente. Estou sugerindo que a correlação de forças, na Câmara dos Deputados, não é favorável à presidente. Vale ressaltar que a mesa diretora é controlada inteiramente pelo presidente Eduardo Cunha, que não aprecia Dilma; pelo contrário, atribui ao Palácio do Planalto a denúncia feita contra ele no Supremo Tribunal Federal.”

Comentário de um deputado federal: “Dos 17 deputados federais de Goiás ‘pelo menos’ dezesseis querem a permanência de Lucas Vergílio na Câmara dos Deputados para evitar que Iris Araújo volte para Brasília”. Lucas Vergílio, do Solidariedade, é cotado para ser vice de Iris Rezende, do PMDB, na disputa pela Prefeitura de Goiânia. Se aceitar a vice, e se o peemedebista-chefe for eleito, Iris Araújo, como primeira suplente da aliança PMDB-DEM-Solidariedade, assume o mandato de deputada federal.
“Anote e me cobre depois: o prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin (PSD), vai ser reeleito.” O otimismo, talvez exacerbado, é do secretário de Gestão e Planejamento do governo de Goiás, Thiago Peixoto (PSD). “Meu otimismo, se se pode dizer assim, tem base racional. Primeiro, o prefeito começa a deslanchar como gestor. Segundo, sua capacidade de trabalho e de agregar o meio político é imensa”, afirma o deputado federal licenciado. O candidato favorito é Marcelo Melo, que vai se filiar ao PSDB e conta com o apoio do deputado federal tucano Célio Silveira.
De um ex-prefeito de uma cidade média do interior de Goiás: “Se eleger José Nelto para presidente, o PMDB acaba de vez”. O ex-prefeito afirma que, se tiverem juízo, os peemedebistas devem eleger o deputado federal Daniel Vilela para presidir o PMDB.
O deputado estadual Ernesto Roller, do PMDB, é o favorito na disputa pela Prefeitura de Formosa, no Entorno de Brasília. Tanto que o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) de Goiás Tião Caroço, que se apresenta como seu “inimigo” — não seu adversário —, admite que não vai enfrentá-lo. Por receio de ser derrotado. Quando o Jornal Opção localizou Ernesto Roller na sexta-feira, 18, ele estava filiando novos aliados ao PMDB e dialogando com candidatos a vereador. “Devo disputar a prefeitura com o apoio do PMDB, DEM, PROS, Solidariedade e mais uns seis partidos, que convém não revelar agora para não despertar os articuladores políticos do governo do Estado.” Como Tião Caroço não quer enfrentá-lo, Roller afirma que não resta à situação outra alternativa a não ser bancar a reeleição do prefeito Itamar Barreto, do PSD. “Itamar é milionário e conta com a estrutura da prefeitura, mas faz, na avaliação da população, uma gestão com amplo desgaste. Itamar fala que é candidato para umas pessoas e que não vai disputar a eleição para outras. O certo é que planeja mesmo ser candidato.”
Um político teria ouvido o deputado federal Roberto Balestra dizer: “Nunca fui tão humilhado”. Seria uma referência ao fato de que tomou conhecimento da filiação de Wilder Morais ao PP, já mencionado como futuro presidente do partido, pelos jornais. O presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, teria ouvido a história? “Ouvi, mas não da própria boca de Balestra”, frisa. Se a “janela” for aprovada, Balestra poderia ir para o PHS? “Não sei. Mas eu receberia Balestra de braços abertos, pois, além de sua ampla experiência, é um deputado altamente qualitativo.”
O presidente do PHS, Eduardo Machado, afirma que Jayme Rincón é um gestor competente e que, se disputar a Prefeitura de Goiânia, vai contribuir para qualificar o debate. “Jayme é muito forte, tanto pelo seu talento natural para a política quanto pelo apoio do governador Marconi Perillo e, finalmente, porque há indícios de que a cidade, de repente, pode optar pela renovação.” “Não há dúvida de que Iris Rezende é um candidato muito forte. Ele lidera as pesquisas, mas seus números são menos altos do que se imaginava e, claro, são mais recall. Jayme ou Vanderlan Cardoso podem derrotá-lo? Podem. No segundo turno, será preciso formatar uma frente ampla, como Jayme, Vanderlan, Sandes Júnior, Virmondes Cruvinel, Marcelo Augusto, enfim, toda a base, para derrotar Iris Rezende, que terá o apoio do PT e do senador Ronaldo Caiado”, disserta Eduardo Machado.
Por falta de estrutura, sobretudo financeira, o desembargador aposentado Paulo Teles desistiu de disputar a presidência da OAB-Goiás. Ele não deve apoiar a candidatura de Lúcio Flávio Paiva, o candidato de Leon Deniz. Até sexta-feira, 18, não havia definido apoio. Mas não está descartada uma composição com Flávio Buonaduce. O advogado Kowalsky Ribeiro, que apoiava Paulo Teles, afirma que pelo menos 80% dos advogados que acompanhavam o desembargador apoiarão Flávio Buonaduce. “Isto vai contribuir para fortalecer a campanha da OAB Forte.” Ele afirma que advogados qualificados, como Paulo Gonçalves e Fábio Faiad, devem hipotecar apoio a Buonaduce. “Advogado dos mais atuantes e brilhantes, Flávio é o mais preparado dos candidatos e é muito forte no interior. Ele vai ganhar a eleição”, aposta Kowalsky.
O deputado federal Daniel Vilela, irritado com o apoio da bancada para José Nelto disputar a presidência do PMDB — o que praticamente o consolida —, ligou várias vezes para os deputados estaduais. Na conversa pesada com a bancada, Daniel Vilela, em geral moderado e tranquilo, praticamente exigiu que os deputados contestassem publicamente a notícia. Porém, apesar de respeitarem o jovem político — possível candidato do partido a governador em 2018 —, os parlamentares não refluíram. Pelo contrário, reafirmaram o apoio a José Nelto.
Apontado como tradicionalmente ponderado, tranquilo e até omisso, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, decidiu jogar pesado na disputa pela presidência regional do PMDB. Auxiliares do peemedebista negam, sugerindo que Maguito Vilela cumpre os trâmites legais, mas pelo menos um deputado estadual do PMDB garante que o prefeito teria oferecido cargos e apoios eleitorais em Aparecida de Goiânia àqueles que optarem por bancar seu filho, Daniel Vilela, para presidente estadual do partido. Tese dos maguitistas: o apoio da bancada estadual do PMDB a José Nelto colocou-o na frente de Daniel Vilela. É preciso ganhar na próxima mexida do jogo de xadrez da política. Deputados estaduais dizem que, exatamente por ficar muito tempo em Brasília, Daniel Vilela perdeu o apoio dos peemedebistas da Assembleia Legislativa de Goiás. “O presidente atual, Samuel Belchior, foi deputado estadual e funcionou bem. Por que mudar?”, pergunta um deputado, aliado de Nelto.
Um aliado do deputado Daniel Vilela garante que ficou extremamente feliz ao ler no jornal “Valor Econômico” que a família do senador Ronaldo Caiado participa da vida política de Goiás desde a época do Império. Na opinião do daniel-vilelismo, a informação indica Caiado é aferrado à política e não larga o osso. Mais: Daniel Vilela teria se arrependido de ter escrito um artigo dizendo que, para ele, é Deus no Céu e Ronaldo Caiado na Terra. Daniel Vilela vibrou com a reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico sobre Ronaldo Caiado, que diz que a família Caiado está na política em Goiás desde o Império. Caiado e Daniel travam uma batalha sem quartal, por enquanto cheia de salamaleques, por apoios no PMDB. O deputado e o senador planejam ser candidatos ao governo em 2018. Daniel tem o apoio do pai, Maguito Vilela, prefeito de Aparecida de Goiânia, e Caiado é bancada por Iris Rezende.
O PMDB, que há anos “afere” o humor de Iris Rezende — por intermédio de um irômetro —, já percebeu que o peemedebista-chefe não quer os deputados Daniel Vilela e José Nelto presidindo o peemedebismo no Estado. A torcida de Iris Rezende é mesmo por Agenor Mariano, vice-prefeito de Goiânia. Os dois são carne e unha. José Nelto teria oferecido a tesouraria para Iris Rezende — o PMDB mantém um fundo partidário mensal de 180 mil reais —, mas o peemedebista não demonstrou entusiasmo. Se não conseguir emplacar Agenor Mariano, Iris pode bancar o ex-deputado federal Sandro Mabel.
O ex-deputado federal Sandro Mabel é cotado para presidir o PMDB. Mas já avisou que só aceitará a incumbência se houver consenso. Se tiver de disputar com o deputado federal Daniel Vilela ou com o deputado estadual José Nelto, prefere continuar viajando para Paris, Londres, Roma e Nova York.
O DEM do senador Ronaldo Caiado praticamente acabou em Hidrolândia. A maioria de seus filiados migrou para o Partido Verde, que deve lançar candidato a prefeito.
A cúpula do PMDB goiano está preocupada com a presença cada vez mais ativa do senador Ronaldo Caiado na política nacional. Acredita-se que será vice na chapa do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ou na chapa do senador Aécio Neves (PSDB) para presidente da República, em 2018. O PMDB irista quer apoiar Ronaldo Caiado para governador de Goiás, em 2018. O peemedebismo lançaria o vice (talvez Daniel Vilela) e um candidato a senador (talvez Maguito Vilela). A outra vaga para senador ficaria para Armando Vergílio, do Solidariedade. Sem Ronaldo Caiado, o irismo terá de engolir, quer queira ou não, o deputado federal Daniel Vilela (PMDB) como candidato a governador.