Bastidores
É preciso pôr um fim à “tese” de que o deputado federal Fábio Sousa, do PSDB, não pode disputar a Prefeitura de Goiânia porque pertence a um segmento religioso. Primeiro, porque é preconceito com os evangélicos, que são cidadãos como quaisquer outros, do ponto de vista das leis do país. O problema, portanto, não é o fato de Fábio Sousa ser religioso, e sim que há preconceito contra o parlamentar por ele ser evangélico. Segundo, há evangélicos administrando cidades em todo o país. Por que católico pode, e evangélico não pode dirigir Goiânia? Convém ressaltar que, embora isto “não” seja tão evidente, Iris Rezende é evangélico. O peemedebista comporta-se de maneira ecumênica. Terceiro, se for eleito prefeito, alguém consegue imaginar que Fábio Sousa vai governar a cidade como evangélico. Claro que não vai. Teria de governar a cidade como gestor. Quarto, a “tese” de que é evangélico — e, no segmento evangélico, pertence a um grupo tido como mais “fechado” (na verdade, trata-se de um preconceito contra sua igreja) — é, no mais das vezes, mero pretexto para rifá-lo politicamente. Assim, é mais importante, e sério, discutir suas ideias sobre como gerir uma capital do que ficar apontando-o como evangélico. E, afinal, que mal há em ser evangélico? Nenhum.
O presidente do PHS em Goiás, Jean Carlo, afirma que o presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, não deve ocupar cargo no governo do Estado. “Sua prioridade é cuidar do PHS em todo o país.” De fato, como fica mais fora do Estado — articulando o fortalecimento do PHS —, se aceitar cargo no governo do Estado, logo será apontado pela Imprensa como “secretário fantasma”.
O presidente nacional do Pros, Eurípedes Júnior (de Planaltina, Goiás), começou muito bem, se tornou até habitué do Palácio do Planalto. Mas, depois que comprou um avião e um helicóptero, passou a ser criticado pela Imprensa e a ser ainda mais bombardeado pelos deputados federais do partido. Um dos deputados federais do Pros quer a cabeça de Eurípedes Júnior servida num prato. Metaforicamente, é claro. O Fundo Partidário do Pros é milionário. Todos querem e, claro, Eurípedes Júnior não quer largar o filé. Mas há quem queira pelo menos um pedaço do osso.
Pesquisas sugerem que os eleitores estão confusos: não sabem se Vanderlan Cardoso (PSB) será candidato a prefeito de Goiânia ou de Senador Canedo. Motivo: o líder do PSB vive brigando pelos rádios com o prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira. Um integrante do PSB garante que, de 20 ligações que Vanderlan Cardoso recebe por dia, ao menos 15 são de Senador Canedo.
Do deputado Jean Carlo, do PHS: “Vanderlan Cardoso quer ir para o planalto, Goiânia, mas só pensa na planície, Senador Canedo”.
Tucanos garantem que o senador Wilder Morais (PP) está se comportando de maneira hostil e, até, brutal contra pré-candidatos a prefeito pelo PSDB no interior do Estado. Ele estaria atropelando lideranças tradicionais. Para quem diz, como Wilder Morais, que seguiria o governador de Goiás, Marconi Perillo, até caninamente, se necessário, não pega bem invadir territórios tucanos.
O deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB) uniu-se ao senador Wilder Morais (PP) para bancar a candidatura de Carlão Oliveira (PSDB) a prefeito de Goianira. Carlão Oliveira é favorito na disputa contra o prefeito Miller Assis, que, apesar do desgaste, não é galinha morta. Se for eleito, o tucano certamente vai abrir a chamada caixa preta da gestão de Miller Assis.
A política em Itaberaí vai pegar fogo. O senador Wilder Morais (PP) decidiu bancar a reeleição do prefeito Roberto Silva (PP) contra a ex-prefeita Rita de Cássia (PSDB), a candidata que será apoiada pelo governador de Goiás, Marconi Perillo (PP). Pesquisas sugerem que, hoje, Roberto Silva é o favorito. Entretanto, se contar com estrutura político-financeira, Rita de Cássia pode superá-lo.
O senador Ronaldo Caiado defende aliança entre o DEM e o PMDB em Goiás. “O caminho do crescimento para Goiás passa pelo fortalecimento da aliança regional do PMDB e com a eleição de Iris Rezende para a Prefeitura de Goiânia.” Iristas garantem que, em 2014, se não disputar o governo, Iris Rezende pode bancar a candidatura de Ronaldo Caiado.
“Feliz de um partido que tem dois pré-candidatos a prefeito de Goiânia — Giuseppe Vecci e Jayme Rincón, ambos do PSDB — de altíssimo nível. Ambos são gestores experimentados”, afirma o deputado federal Sandes Júnior (PP). O próprio Sandes Júnior aparece bem melhor nas pesquisas do que Giuseppe Vecci e Jayme Rincón.
O senador Wilder Morais garante que vai bancar Sandes Júnior para prefeito de Goiânia. Mas tudo indica que o deputado federal deve ser vice de Jayme Rincón (PSDB) ou de Giuseppe Vecci (PSDB).
O que mais se comenta é que o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, melhorou a qualidade de sua gestão ao se afastar de Iris Rezende (PMDB) e ao se aproximar do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
De uma pessoa que conhece bem o peemedebismo: “Iris Rezende, no início, não torcia contra o prefeito Paulo Garcia. Mas nunca torceu para que desse certo inteiramente. Em seguida, passou a torcer contra a gestão do petista”.
Iris Rezende (PMDB) precisava de um pretexto para romper o relacionamento político com o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT): a escolha do nome da mãe do governador Marconi Perillo — Maria Perillo — para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região noroeste. Segundo iristas, o peemedebista-chefe alega que a região noroeste é a menina de seus olhos.
Surpreendido com a críticas acerbas de Agenor Mariano, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), em princípio não acreditou que Iris Rezende estaria por trás das farpas endereçadas à gestão petista pelo vice-prefeito. Agora tem certeza que Agenor Rezende foi estimulado pelo velho cacique a fustigá-lo e precipitar o rompimento da aliança entre o PT e o PMDB em Goiânia. Segundo um irista, Paulo Garcia enviou um emissário (Osmar Magalhães) para sondar Iris Rezende sobre o assunto. Iris Rezende teria sido curto e grosso: não quer mais conversa com o prefeito. O tom foi ríspido e até algumas palavras impublicáveis foram ditas pelo líder peemedebista.