Bastidores

O senador Sérgio Petecão (PSD-AC), além de acompanhar a agenda de Marconi Perillo, em Rio Branco e Porto Velho, demonstrou entusiasmo com a possibilidade de o tucano-chefe disputar a Presidência da República. Nos seus discursos, enfatizou as qualidades de Marconi.
Sérgio Petecão frisou que, por se considerar o quarto senador de Goiás, está à disposição para ajudar o Estado.

Durante o giro pelo Norte, o governador Marconi Perillo não saiu do telefone e deixou evidente uma sintonia super fina com o senador Aécio Neves — possível candidato do PSDB a presidente da República em 2018. Os dois conversaram por telefone várias vezes. É quase certo que, se a chapa presidencial do PSDB em 2018 fora pura, Aécio Neves será candidato a presidente e Marconi Perillo a vice.
Frase que mais se ouve no Acre: “Goiás é o maior hospital do Acre”. É que muitos, mas muitos mesmo, pacientes de lá são transferidos para serem tratados no Estado, notadamente nos hospitais do governo. Os políticos do Acre sublinham que a saúde em Goiás é de alta qualidade. Goiás é uma espécie de São Paulo do Estado.
Marconi Perillo decidiu convidar os governadores do Piauí, do Maranhão, do Amazonas e do Acre para participarem do Fórum de Governadores do Brasil Central. Rondônia já pertence ao Fórum.

A presidente Dilma Rousseff, do PT, tranquilizou o governador Marconi Perillo, do PSDB, sobre a criação de duas universidades federais em Goiás, beneficiando Catalão e Jataí. Dilma Rousseff esclareceu que só aguarda passar a turbulência política para fazer o anúncio oficial e enviar o projeto para o Congresso Nacional.

[caption id="attachment_50576" align="aligncenter" width="620"] Foto: Roberto Stuckert Filho[/caption]
Mesmo em tempos de crise política, continua sem qualquer arranhão a relação entre o governador Marconi Perillo e a presidente Dilma Rousseff.
O tucano-chefe e a petista-chefe estão pensando sobretudo no país.

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e a ministra da Agricultura, senadora Kátia Abreu (PMDB), estão cada vez mais afinados. Falam-se com frequência. Mas nunca mencionam o mexeriqueiro senador José Serra, o Nelson Rubens da política. Acrescente-se que o presidente da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, tem uma espécie de linha direta com a ministra Kátia Abreu.

O PSDB de Goiás já conquistou 82 prefeitos. O objetivo é, com as eleições de 2016, chegar a 120 — o que resultaria numa fortíssima base eleitoral para a disputa do governo do Estado em 2018.

O deputado federal Daniel Vilela afastou-se do grupo do vice-presidente Michel Temer na disputa do PMDB nacional e, orientado pelo prefeito Maguito Vilela, seu pai, aliou-se ao líder Leonardo Picciani e à presidente Dilma Rousseff. Um dos motivos foi a resistência de Michel Temer de entregar o comando do PMDB de Goiás a ele. Daniel Vilela não engoliu o que considerou uma desfeita do vice-presidente.

A presidente Dilma Rousseff, com a ajuda de Lula da Silva e do senador Renan Calheiros, está fazendo o impossível para isolar e esvaziar Michel Temer. No Palácio do Planalto, Michel Temer é chamado de “o Itamar Franco de São Paulo”. Palavras como “mordomo de filme de terror” e “drácula” são usadas com frequência para referir-se ao vice-presidente da República.

O governador Confúcio Moura, do PMDB de Rondônia, diz: “O Brasil precisa mudar. Como um ministro qualquer pode querer ensinar como administrar ao governador Marconi Perillo, do alto de sua experiência de quatro mandatos? Nós é que temos de ensinar este povo a governar. Representamos o Brasil que dá certo”.

Do governador Marconi Perillo: “Não apresentamos uma agenda-bomba para o Brasil. Nossa agenda é do bem, é decente”.

Todos os governadores do Fórum do Brasil Central elogiam Marconi Perillo, destacando as qualidades do tucano e enfatizando a sua experiência administrativa e sua criatividade para construir e concluir projetos com poucos recursos. Não há quem deixe de mencionar seu acerto na área de saúde. Não é à toa que, por recomendação do Ministério da Saúde, o Crer está sendo copiado por vários Estados.

Em Brasília, o comentário é que o senador Ronaldo Caiado (DEM) não pensa mais em ser candidato a governador de Goiás, em 2018, e sim em tentar ser presidente da República. Ronaldo Caiado tem dito aos seus aliados que tanto a presidente Dilma Rousseff quanto o vice-presidente Michel Temer vão cair.

Quando passou por Goiás na terça-feira passada, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, já falava que o ministro Joaquim Levy ia cair. Consta que, nos últimos dias, economista Joaquim Levy sequer conseguia falar com a presidente Dilma Rousseff. Joaquim Levy sai chamuscado, mas a culpa dos erros é a da presidente Dilma Rousseff.