Bastidores
O deputado federal Thiago Peixoto (PSD) diz que é crucial que se investigue os negócios da JBS, empresa controlada por José Batista Sobrinho, Joesley Batista e Wesley Batista.
Thiago Peixoto sublinha que o Brasil quer saber por qual razão a família Batista se tornou potentada em várias áreas, sempre às custas do Erário. “As empresas constroem sua trajetória com base na competitividade. A JBS, pelo contrário, comprou facilidades... e, espantoso, com dinheiro público.”

[caption id="attachment_97039" align="alignright" width="620"] Arquivo[/caption]
Na falta de um líder do governo na Câmara Municipal de Goiânia, o vereador Zander Fábio, do PEN, vem agindo como tal. O fato é que o presidente do Legislativo, Andrey Azeredo, também atua como uma espécie de líder informal, levando ao prefeito Iris Rezende alguns dos reclames dos vereadores. Wellington Peixoto, do PMDB, é outro vereador que vem atuando, de modo informal, como líder do governo.
O fato é que, se tivesse mesmo respeito pelos vereadores, Iris Rezende já teria escolhido um líder, como fazem todos os prefeitos. Aliados do gestor goianienses tendem a perceber os vereadores, ou a maioria deles, como políticos fisiológicos e que estariam sempre fazendo pedidos pouco católicos ao prefeito. Um auxiliar do peemedebista irrita-se: “Clécio Alves, que era conhecido como ‘rei da Comurg’, deveria mudar o nome para Clécio Alves dos Cargos. Ele só ao Paço Municipal para pedir nomeações de seus cabos eleitorais”.

A “Exame” pôs Joesley Batista na capa, com um título explosivo: “A verdadeira história de um campeão nacional”. A revista conta que a JBS tem 11 bilhões de reais em caixa, mas deve 18 bilhões. O vencimento da dívida se dará nos próximos 12 meses, e os bancos, como Banco do Brasil e Itaú, não querem renegociá-la, temendo um calote.
A crise da JBS é tão gigante que, contrariando seu padrão, “as compras de boi foram reduzidas”. A revista frisa que a empresa “passou a pagar com prazo de 30 dias”.

O deputado Luis Cesar Bueno, um dos mais articulados do PT em nível nacional, articulou, em tempo integral, para eleger a senadora Gleisi Hoffman à presidência do partido.
O parlamentar frisa que Gleisi Hoffman é uma política competente e agressiva. “É uma presidente para os tempos difíceis do PT.” Luis Cesar aposta que o PT dará a volta por cima e que a sociedade brasileira vai agradecer ao partido, sobretudo pelo aprofundamento dos programas sociais.

O presidente Eduardo Medeiros planeja “puxar” o PMN para apoiar Ronaldo Caiado, do DEM, ou Daniel Vilela, do PMDB, para o governo de Goiás em 2018. Mas dificilmente conseguirá. A deputada Eliane Pinheiro apoia a candidatura de José Eliton a governador pelo PSDB e vai lutar, com unhas e dentes, para atrair o partido para a campanha do tucano.
A guerra promete. Eliane Pinheiro não costuma perder.

Prefeitos dizem que, para a parlamentar, o interesse dos goianos está acima das questões partidárias
Prefeitos, inclusive oposicionistas, sustentam que Eliane Pinheiro, do PMN, é a deputada estadual com mais acesso aos gabinetes que decidem no governo de Marconi Perillo.
Republicana, como o governador tucano, Eliane Pinheiro acolhe inclusive os pleitos dos prefeitos do PT e do PMDB. Recentemente, levou a prefeita da Cidade de Goiás, Selma Bastos, do PT, para uma audiência com o presidente da Agetop, Jayme Rincón. Tema em pauta: a duplicação da GO-70 e o encabeçamento da ponte que dá acesso ao Instituto Federal do município.
De um auditor fiscal experimentado: “Há, no Fisco, uma crise quase permanente entre os auditores fiscais e os procuradores do Estado. Há procuradores que querem usurpar os poderes do Fisco. Até agora, foram barrados. Espera-se que as coisas continuem assim”.
O novo secretário da Fazenda, João Furtado, que é competente e transparente, certamente, na opinião dos auditores, saberá mediar a questão com sabedoria. João Furtado é procurador do Estado, mas, acima de tudo, é um homem de Estado. Por onde passou, fez uma gestão íntegra e eficiente.

[caption id="attachment_23646" align="alignright" width="620"] Fotos: Eduardo Nogueira / Fernando Leite[/caption]
Não convidem para a mesma picanha da Churrascaria Nativas o ex-vereador Carlos Soares e o ex-prefeito de Goiânia Paulo Garcia. Pode sair sangue, até muito sangue, e não será da carne e tampouco da bandeira vermelha do PT.
Carlos Soares e Paulo Garcia foram aliados e até, devido ao irmão do primeiro, Delúbio “Tesoureiro” Soares, foram quase carne, unha e cutícula. Mas Carlos Soares atribui sua derrota para vereador, em 2016, à falta de apoio do ex-prefeito.
Recentemente, na eleição do diretório do PT, Carlos Soares deu o troco e contribuiu para reduzir a força de Paulo Garcia no partido. No Café Bandeira, seu point, o ex-vereador fala mal do prefeito de manhã e à tarde. De noite, descansa a língua para falar um pouco mais, sempre mal, do petista que, quando prefeito, era amado pela militância petista. Se pressionados, os dois dizem que são “amigos” e que “nunca, nunquinha” brigaram. Só Pinóquio acredita na lorota.
Portanto, lembre-se: deixa a picanha da Churrascaria Nativas em paz.

O tucano pode ficar como o governador mais municipalista da história de Goiás

Não há viv’alma, no mercado financeiro, que acredita na sobrevivência da JBS, exceto se o grupo sair das mãos da família Batista, que, ao se envolver em irregularidades, perdeu credibilidade no país e no mundo.

[caption id="attachment_95149" align="alignright" width="620"] Antônio Almeida[/caption]
Depois de desistir de reformar o estatuto, para disputar a terceira eleição seguida, Pedro Alves de Oliveira deve abrir mão de ser candidato a presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg). O empresário Antônio “da Kelps” Almeida, do ramo gráfico, deve substitui-lo, em 2018.
Antônio Almeida é agregador e deve contar inclusive com o apoio de Pedro Alves de Oliveira.

[caption id="attachment_97014" align="alignright" width="620"] Arquivo[/caption]
Aliados contam que o deputado federal Daniel Vilela, depois de refletir, decidiu romper com o prefeito de Formosa, Ernesto Roller, que, embora filiado ao PMDB, estaria se comportando como líder do DEM e preposto do senador Ronaldo Caiado.
Presidente do PMDB regional, Daniel Vilela, segundo um deputado, “retomou o controle do partido em Formosa. Porque Ernesto Roller, no lugar de apoiá-lo para governador, estaria articulando o nome de Ronaldo Caiado para governador”. Quem manda no PMDB do município é um vereador que não reza pela cartilha do prefeito.
Um democrata sustenta que Ernesto Roller deve deixar o PMDB, possivelmente filiando-se ao DEM, para apoiar Ronaldo Caiado para governador e, portanto, não correr o risco de ser expulso do partido.
Dois fatos contribuíram para pacificar a base aliada. Primeiro, dados os ajustes na máquina, o governo de Marconi Perillo conseguiu um feito: está pagando servidores e fornecedores e faz obras. As decisões acertadas e feitas na hora certa impediram que Goiás se tornasse Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, estados que estão mais quebrados do que arroz de terceira.
O segundo fato é o Goiás na Frente — e, como dizem os prefeitos, “A Oposição Para Trás” —, que, além de contribuir para a unir a base, deu discurso aos políticos: o governo, mesmo na crise, trabalha e, mais, ajuda os municípios. Por isso, em vez de debandada na base aliada de Marconi Perillo, o que se vê é uma debandada de prefeitos da oposição para o lado governista. Quem viver, se quiser, verá.

[caption id="attachment_95023" align="alignright" width="620"] Joesley Batista durante depoimento à PGR | Foto: Reprodução[/caption]
Nos últimos anos, Joesley Batista, da JBS, andava tão ousado que, segundo a “Exame”, publicação da Editora Abril, ao desligar o telefone, dizia aos que estavam próximos: “Estava comprando dois deputados”. Pode-se dizer, até, que funcionava como “gato”, ou seja, intermediário, pois o dinheiro era, por vezes, do setor público.
O ex-prefeito de Piracanjuba Ricardo Pina é o novo chefe de gabinete do presidente da Agetop, Jayme Rincón.
Ricardo Pina mantém excelente relacionamento com os prefeitos goianos.