Bastidores

Ao contrário do que afirma o vereador Jorge Kajuru, o secretário das Cidades esclarece que o que se planeja é a abertura de capital da empresa

O deputado Santana Gomes afirma que o projeto contribui para fortalecer inclusive a exportação de carne

O deputado afirma que o PT “virou um circo de horrores” e só perde quem se aliar com o partido

Saída é tida como certa. A dúvida é apenas sobre a data, que pode ser logo depois da conclusão do Hospital do Servidor Público

O deputado estadual afirma que o prefeito de Rio Verde está reinaugurando obras do ex-prefeito Juraci Martins
[caption id="attachment_54242" align="alignright" width="620"] Lissauer Vieira diz que Paulo do Vale é centralizador e não quer parcerias com os representantes políticos de Rio Verde[/caption]
O deputado Lissauer Vieira (PSB) diz que o prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (PMDB), é uma decepção como gestor. “Sua administração está abaixo de qualquer expectativa da população. Na falta do que mostrar, em oito meses de gestão, Paulo está reinaugurando obras feitas pelo ex-prefeito Juraci Martins. A arrecadação — de 800 milhões/ano — é alta; portanto, não faltam recursos para investimento. Faltam capacidade de administrar e criatividade na gestão dos recursos públicos. Portanto, pode-se dizer que os oito meses de 2017 foram desperdiçados.”
No lugar de fazer um “governo de mídia”, Vale, diz Lissauer, deveria “trabalhar mais”. “Ou pelo menos trabalhar. O recapeamento que está fazendo nas ruas é vergonhoso, de baixíssima qualidade. É tão fino que as próximas chuvas poderão destruí-lo. Seu governo é excessivamente centralizador, talvez porque não tenha confiança na equipe.”
Outro problema, afirma Lissauer, é que Vale “não quer parceria com os representantes políticos da cidade”.
O deputado federal Heuler Cruvinel afirma que tem tentado ajudar a gestão de Paulo do Vale. Mas o prefeito se recusa a aceitar.

[caption id="attachment_103553" align="alignright" width="620"] Arquivo[/caption]
Líderes locais e nacionais do PSDB trabalham para reconquistar o deputado federal Alexandre Baldy, que, recentemente, desfiliou-se do PTN/Podemos e está sem partido.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, está empenhado em reaproximar Baldy do PSDB. O deputado se tornou um player na política de Brasília, com acesso direto ao presidente Michel Temer, além se circular com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para cima e para baixo.

Prefeitos do PMDB dizem que estavam com a corda no pescoço, ao menos um deles sugeriu que poderia até mesmo renunciar (assim como disse o prefeito de Minaçu, do DEM). Eles dizem que o programa Goiás na Frente limpou suas barras junto à população, pois agora têm alguma coisa para mostrar. Alguns deles trocaram o partido pela base do governador Marconi Perillo, alegando que o tucano é republicano e, mesmo sem fazer pressões, leva recursos para revitalizar os municípios.
O presidente do PMDB, Daniel Vilela, sem querer perceber as agruras dos prefeitos, criticou-os por ter aderido. Os prefeitos que saíram não gostam e os que ficaram no partido muito menos. Eles dizem que a cúpula do PMDB sempre ofereceu muito pouco para os municípios. Alguns estão refletindo sobre a possibilidade de deixar o partido.
Os prefeitos dizem que a cúpula do PMDB critica o Goiás na Frente porque não sabe as dificuldades pelas quais passam as prefeituras.

[caption id="attachment_34339" align="alignright" width="620"] Fotos: Jota Eurípedes / Pedro França / Agência Senado[/caption]
O senador Ronaldo Caiado teme a língua afiada do pré-candidato a governador pelo PSDB, José Eliton.
Motivo? José Eliton foi advogado eleitoral de Ronaldo Caiado e, por isso, conhece a vida do senador como a palma de sua mão.

[caption id="attachment_93712" align="alignright" width="620"] Daniel Vilela e Ronaldo Caiado | Fotos: Agências Câmara e Senado[/caption]
De um maguitista de quatro costados: a briga entre Daniel Vilela, pré-candidato a governador pelo PMDB, e o senador Ronaldo Caiado, pré-candidato a governador pelo DEM, ficou séria. Não há mais volta.
Nos bastidores, Daniel Vilela fala cobras, lagartos e tamanduás de Ronaldo Caiado, que avalia como reacionário e superado. Já Ronaldo Caiado não faz mais questão de que avalia o deputado federal como “despreparado” e “sem luz própria”.

[caption id="attachment_96990" align="alignright" width="620"] Arquivo[/caption]
Pode ser fofoca de políticos. Mas um deputado estadual sustenta que o PSD teria cerca de 600 a mil cargos comissionados. Seria um dos partidos que mais tem cargos no governo.
O parlamentar disse que, se secretário Vilmar Rocha romper para ficar com Daniel Vilela ou Ronaldo Caiado, o PSD perde seu exército eleitoral.
Por isso, os deputados federais Thiago Peixoto e Heuler Cruvinel e os deputados estaduais Francisco Júnior e Lincoln tomaram uma decisão: vão pressionar Vilmar Rocha para recompor, o mais rápido possível, com a base do governador Marconi Perillo. Leia-se José Eliton. Eles dizem que os adversários são o senador Ronaldo Caiado e o deputado federal Daniel Vilela.

[caption id="attachment_61160" align="alignright" width="620"] Foto: Y. Maeda[/caption]
Aviso aos argonautas do PSD: se a cúpula continuar ameaçando romper com o governo de Marconi Perillo, o deputado estadual Lincoln Tejota vai mudar de partido. Na lista, há várias siglas, com o PROS na linha de frente. O PSDB está de olho grande no passe do parlamentar, que é muito bem cotado para deputado federal em 2018.
A tese de Lincoln Tejora é que, tendo sido eleito na base do tucano-chefe, dela não vai sair.

[caption id="attachment_54338" align="alignright" width="620"] Arquivo[/caption]
De cada grupo de 10 políticos da base do governador Marconi Perillo seis apostam que o deputado federal Thiago Peixoto, dada sua capacidade de articulação e inteligência, deve ser candidato a vice-governador.
Como mantém relacionamento cordial com o pré-candidato do PSDB a governador de Goiás, Thiago Peixoto não recusaria um convite para ser. Porém, tem dito que não é hora de discutir, em definitivo, a vice—tema que ficará mesmo para o início de 2018.
Como raposa que é, Thiago Peixoto permanece dialogando com prefeitos, vereadores e líderes do interior e alerta que será candidato a deputado federal. O prefeito de Uruaçu, Valmir Pedro, defende a candidatura do líder do PSD, tanto para vice quanto para deputado, com unhas, dentes e ideias.
O presidente da Saneago, Jalles Fontoura, percebe Thiago Peixoto como um político diferenciado e qualificado e o defende tanto para a Câmara dos Deputados quanto para a vice.

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, do PMDB, ficou conhecido por seu arrojo. Nunca foi brilhante, nunca foi criativo. Mas era mesmo mais agressivo em termos administrativos.
No seu quarto mandato como prefeito, Iris Rezende parece mesmo desmotivado e sua gestão é uma das mais acanhadas e improdutivas da história da capital.
Não dá para convencer uma população altamente alfabetizada como a de Goiânia de que é possível gerir uma capital fazendo mutirões a cada 15 dias. Uma cidade moderna e com problemas graves— a área da saúde foi abandonada pelo prefeito — precisa de um prefeito ativo e criativo. O que se tem é um prefeito que está fazendo, e mal, unicamente o feijão com arroz.

O deputado José Nelto ligou para a redação do Jornal Opção na sexta-feira, 1º, e disse que, passando pela Praça Tamandaré, no Setor Oeste, percebeu buracos gigantes no asfalto.
“Não critico só o governo do Estado. Iris Rezende está precisando melhorar a sua administração”, afirma. “Vi ao menos um buraco imenso.”
A reportagem política de “O Popular” é tão provinciana que não soube perceber que, ao contrário de vários políticos, o governador Marconi Perillo, do PSDB, saltou o Rio Paranaíba e se tornou um verdadeiro player político nacional. Não é preciso gostar do tucano, mas não se deve esconder a realidade.
“O Popular”, jornal sério que é, de uma história amplamente positiva, precisa, mesmo não gostando dele, ouvir o governador, expor suas ideias. Do jeito que está, o jornal impede que seus leitores saibam aquilo que os leitores da “Veja”, da “Folha de S. Paulo”, de “O Globo”, de “O Estado de S. Paulo” e da “IstoÉ” já estão sabendo: Marconi Perillo é um político que articula de Norte a Sul do país.
No final de semana, o governador de Goiás estará nas páginas do “Estadão”. Recentemente, foi ouvido longamente pela “Veja” e pela “IstoÉ”. Será que, um dia, “O Popular” saltará o Paranaíba para acompanhar seus políticos nacionais, como Marconi Perillo? Talvez. Afinal, o homem foi à Lua. Há quantos meses ou anos, o jornal não envia um repórter a Brasília e a São Paulo?