Bastidores
O presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, é um dos políticos mais cobiçados de Goiás. O PT de Antônio Gomide o quer na vice. Ele é cotado para a suplência de Vilmar Rocha, pré-candidato a senador pelo PSD.

Até as águas quentes de Caldas Novas “comentam” que o vice-prefeito Marquinho do Privê (PSDB) deve ser eleito deputado estadual. Candidato do prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal, do PP, Marquinho do Privê tende a ser bem votado também em Morrinhos. O vice-prefeito é um garoto, mas é hábil articulador.
O vereador Tony “Tomatinho” Marcus, do PMN de Caldas Novas, deve disputar mandato de deputado estadual. Tomatinho faz oposição ao prefeito Evandro Magal (PP) e pode ter o apoio de Ney Viturino, da ex-primeira-dama Eterna Maria, do ex-prefeito e empresário José Araújo e do vereador Arlindo Ceará. Em nível estadual, seguindo orientação do presidente regional do PMN, Walter Paulo, Tomatinho vai apoiar a reeleição do governador Marconi Perillo.
Que não se espere um fracasso político-administrativo do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. O petista está colocando a casa em ordem e, com o apoio do governo federal, deverá fazer as obras necessárias para reorganizar a capital. A mídia acompanha pouco, quase nada, mas o trabalho de recuperação dos bairros tem sido elogiado e aprovado pelos moradores. Paulo Garcia, que é citado como “ausente” nas redes sociais, participa de todos os mutirões nos bairros.
Em Araçatuba, na caravana do Padilha, Lula disse que gostou do verbo “gomidar”. E sugeriu que Antônio Gomide copie a ideia de organizar caravanas para visitar todo o Estado. “Eu tenho de aprender com o companheiro Gomide a como ter 135% de votos”, disse Lula, rindo, a respeito da votação (89% dos votos na eleição de 2012) e aprovação do ex-prefeito de Anápolis (mais de 90%). Lula está entusiasmado com Gomide e acredita que, finalmente, as oposições podem eleger um governador em Goiás.
O PMDB, o PSB e o PT vão disputar, quase no tapa, o apoio do presidente do Solidariedade, o deputado federal Armando Vergílio. No PMDB, Armando Vergílio eventualmente é chamado de “nosso senador”. O PT o considera um vice “excelente” e um candidato a senador “notável”. O PSB daria a vice a Vergílio sem pensar meia vez. Há, claro, a questão da coligação nacional. Detalhe: o governador Marconi Perillo, do PSDB, numa conversa com repórteres do Jornal Opção, disse que é possível uma aliança com o líder do Solidariedade.

O pré-candidato a senador na chapa de Vanderlan Cardoso, o competente e seriíssimo procurador federal Aguimar Jesuíno, está sendo chamado pelos socialistas-capitalistas do PSB de “o Ronaldo Caiado da esquerda”.
Aguimar Jesuíno é uma indicação da Rede Sustentabilidade, espécie de partido informal que “vive” nos poros do PSB. “É o nosso Demóstenes Torres”, afirma um aliado de Vanderlan. Este, que preferia (e ainda prefere) Caiado, teve de engoli-lo.
O vereador Elias Vaz, do PSB e da Rede Sustentabilidade, não acredita que Jorge Kajuru vai disputar mandato de deputado federal por Goiás. Falta apetite política e disciplina partidária para disputar uma eleição. Se disputar, é forte, acredita Elias Vaz.
O engenheiro Martiniano Cavalcante vai disputar mandato de deputado federal. O vereador Elias Vaz vai a deputado estadual. Os estão no PSB, mas representam a Rede Sustentabilidade, o partido informal dirigido pela ex-ministra Marina Silva.
Aliados de Júnior Friboi garantem que ele controla de 70 a 80% dos delegados que votam na convenção. Iristas fazem outra conta: acreditam ter o controle de 160 dos diretórios municipais. Friboi teria apenas 86. Friboizistas contestam os números. Prefeitos e líderes do PMDB vão ao escritório de Júnior Friboi e, depois, vão ao escritório de Iris Rezende. Alguns dizem mais ou menos assim, e em resumo: “Fomos lá para verificar o que o ‘empresário’ está dizendo e viemos aqui contar pra você”.
Um empresário goiano (D.), dono de imobiliária e de uma empresa que vende medicamentos e equipamentos para hospitais, foi preso num dos mais luxuosos condomínios horizontais de Goiás — o mais ecológico, dizem — e levado para Mato Grosso. A prisão foi efetuada pela Polícia Federal e a notícia saiu nos jornais de Mato Grosso, mas não saiu nenhuma linha nos jornais de Goiás.

Um ex-deputado do PMDB explicitou na quinta-feira, 10, o principal motivo para a convocação de uma pré-convenção em maio. Peemedebistas dizem que é para evitar uma divisão mais ampla e reduzir as arestas entre os partidários de Júnior Friboi e Iris Rezende. A verdade é outra.
Na semana passada, o sinal de perigo foi dado em conversas de iristas e friboizistas. Eles temem que, até junho, mês das convenções, Antônio Gomide tenha crescido tanto que não dará mais para tirá-lo do páreo. O peemedebismo quer antecipar uma aliança com o PT de Gomide já em maio — e exatamente temendo seu crescimento nas pesquisas de intenção de voto. Com Gomide subindo para terceiro lugar nas pesquisas, mas com números que signifiquem uma ascensão incontrolável, o PT nacional não vai tirá-lo do páreo. O PMDB, o de Iris e o de Friboi, entendeu isto e alarmou-se. O fato é que todos temem Gomide.
O que parecia impossível aconteceu. PT e PSDB, que se comportam como Caim e Abel na política nacional e do Estado de Goiás, decidiram se tornar Abel & Abel no Centro Acadêmico Clóvis Bevilácqua (C. A. C. B.), do curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Segundo informação passada à redação do Jornal Opção, “durante o Conselho de Alunos, realizado ontem [terça-feira, 8], estudantes que” que são integrantes do “PT, PSDB, PMDB, PSD e PDT se uniram para aprovar a Comissão Eleitoral que regerá o pleito da entidade em 2014. A Comissão Eleitoral deverá administrar o C.A.C.B até a nova diretoria ser empossada e terá que garantir que as eleições aconteçam legitimamente. Contudo, esse mesmo bloco de estudantes da comissão já estuda a ideia de montar uma chapa para vencer o pleito”.
O presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, disse ao Jornal Opção na quarta-feira, 9, que o partido só vai definir sua posição oficial sobre coligações majoritárias em maio. “Nós, do PHS, permanecemos fieis à base do governador Marconi Perillo, porém insistimos que a definição sobre aliança majoritária só sairá em maio.”
Um dos políticos mais articulados de Goiás, Eduardo Machado afirma que, com a declaração acima, não está fechando portas para ninguém. “Estou apenas explicitando que somos leais à base do governador Marconi Perillo.”
Quanto a uma possível aliança com o pré-candidato do PT a governador de Goiás, Antônio Gomide, o presidente do PHS disse que não há nada definido. “Tenho laços de amizade com o deputado federal Rubens Otoni e com o ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide. Sei que Gomide é um candidato forte a governador, mas não definimos aliança com o PT. Insisto: o PHS só define aliança em maio.”
Se depender de Gomide, o presidente do PHS será o seu vice. Eduardo Machado, no momento, prefere ser candidato a deputado federal.