Bastidores
Friboi não gostou quando soube que o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), havia lhe “tomado” o técnico que, junto com Paulo Souza, ex-PV, estava elaborando seu programa de governo. Jeovalter Correia, que Friboi respeita, foi convocado, às pressas, para tentar salvar a Secretaria de Finanças do naufrágio gerado pelo sabe-tudo-que-não-sabe nada Cairo Peixoto.
O PROS está negociando politicamente com o governador Marconi Perillo, do PSDB, e, ao contrário do que sugeriu uma nota de “O Popular”, a cúpula do partido não rompeu as relações com o pré-candidato do PMDB a governador, Júnior Friboi. Na verdade, o jornalista Jarbas Rodrigues Jr., consciente ou inconscientemente, foi usado para os líderes do PROS enviaram um torpedo ao empresário Friboi. Afinal, as tratativas que haviam sido feitas valem ou não? É o que eles querem saber. Friboi não quer perder o PROS, mas não gosta de ser pressionado com muita insistência. Nem quer participar de leilão.
Na semana passada, Júnior Friboi fez questão de ressaltar que não fez cirurgia de próstata. O médico Áureo Ludovico não faz este tipo de operação. O empresário acredita que está livre de uma hérnia que o incomodava. O médico recomendou repouso e cautela. Mas ele participou do encontro do Solidariedade, ao lado do “aliado” Armando Vergílio. O deputado federal teve de ampará-lo.
O PSL poderá ter candidatura independente ao Senado. O vereador Zander Fábio, de Goiânia, pode ser escalado para a missão de concorrer à única vaga disponível ao cargo nas eleições deste ano. O mercado especula que, na verdade, a cúpula do PSL quer negociar... com o deputado federal Vilmar Rocha. Uma suplência ou um pouco mais de estrutura.
Dário Alves Paiva, presidente do PSL de Goiás e candidato a deputado federal, garante que seu partido vai conseguir 240 mil votos nas eleições deste ano para a Assembleia Legislativa. A meta é fazer quatro deputados estaduais e um federal. Na onda da tese de renovação, o PSL aposta em candidaturas de políticos jovens como Igor Sebba, filho de César Sebba, e Lucas Calil, afilhado político do presidente da Agetop, Jayme Rincon. Outros candidatos também são considerados puxadores de votos. Wellington Camargo, irmão dos sertanejos Zezé Di Camargo & Luciano, pretende voltar ao Palácio Alfredo Nasser pelo PSL. O deputado estadual Wellington Valim, Jorge do Hugo e Antônio Uchôa, vereadores em Goiânia, completam a lista.
Técnico qualificado e experiente, o ex-secretário Igor Montenegro está elaborando o programa da campanha deste ano do tucano-chefe Marconi Perillo. Sua equipe está colhendo dados e ideias para o mega projeto. Marconi Perillo quer surpreender, mais uma vez, com um programa arejado e moderno. Igor Montenegro, com grande penetração social e contatos amplos no meio empresarial, é o homem certo no lugar certo.
O PHS está montando uma chapa consistente de candidatos a deputado federal. O nome mais cotado é o de Eduardo Machado, cuja candidatura é complicada porque, como é presidente nacional do partido, precisa ausentar-se do Estado para manter contatos políticos em todas as unidades da federação. Num dia ele está em Manaus e, no seguinte, no Rio Grande do Sul. Não para e, ao defender o projeto alheio, sacrifica o pessoal.
Tirando Eduardo Machado, as duas principais apostas do partido são Felipe Cortês e o empresário Edivaldo da Cosmed, vice-prefeito de Inhumas. Os dois políticos estão preparando para montar estruturas formidáveis. O vereador Mauro Bento Filho, de Jataí, também está na raia, mas com menos poder de fogo.
Edivaldo conta com o apoio do prefeito de Inhumas, Dioji Ikeda, do PDT.
A cúpula do PHS avalia que pode eleger no mínimo três deputados estaduais nas eleições deste ano. “É consenso no meio político que podemos eleger, mas não será surpresa se conseguirmos eleger quatro, afirma o presidente nacional do partido, Eduardo Machado. Uma lista dos principais nomes do PSH para deputado estadual, por ordem alfabética: Alex Batista Caiado da Hobbyshopping Capitão Wayne Chiquinho Oliveira Doutor Arnaldo Doutor Metódio Elismar Veiga (pastor) Jean Carlos José Elias Fernandes Leandro Sena Marcelo Augusto Professor Dalson (protegido do deputado federal Thiago Peixoto) Rui Figueiredo Veter Martins Waldir Bastos
[caption id="attachment_4422" align="alignright" width="300"] Eduardo Machado e Marconi Perillo: em Goiatuba[/caption]
O presidente do PHS nacional, Eduardo Machado, acompanhou o governador Marconi Perillo em viagem pelo interior de Goiás e ficou impressionado. Primeiro, “com o carinho com que Marconi voltou a ser tratado pelas pessoas. Ele voltou a reunir multidões”. Segundo, “com o volume de obras que o tucano está fazendo no interior. Há obras em vários municípios e até prefeitos de partidos das oposições elogiam o governador, que chamam de ‘republicano’”.
Terceiro, Machado voltou empolgado com a capacidade de Marconi lidar com o povo e com sua resistência. “O governador parece incansável. Quem tenta acompanhá-lo percebe porque derrotou o PMDB quatro vezes em disputas para o governo.”
“As oposições, se não quiserem fazer feio, precisam se articular de maneira mais adequada e agressiva. Porque senão Marconi será reeleito no primeiro turno”, aposta Machado.
O marqueteiro Jorcelino Braga tem de ficar de olho: o rosto de Vanderlan Cardoso parece excessivamente plastificado na televisão. Ao mesmo tempo, o socialista passa a imagem de que não está à vontade e que, em vez de falar, está declamando, até soletrando. A sociedade é hipócrita. Quando mulher faz plástica, poucas pessoas fazem reparo. No caso de Vanderlan Cardoso, todos notam, inclusive o implante de cabelo que fez.
Todos dizem, com razão, que o agronegócio é decisivo em Goiás. Mas isto em termos de economia. Politicamente, o setor geralmente só elege um deputado federal, como Ronaldo Caiado, do DEM. Este ano, o nome forte é o de José Mário Schreiner, do PSD. Mas por que não dois parlamentares? O motivo básico parece que é o seguinte: a sociedade percebe o agronegócio, que no fundo é moderno e dinâmico, como uma área infensa à mudança, conservadora, até atrasada.
Quando Antônio Gomide se lançou pré-candidato a governador pelo PT, o tucanato assustou-se, avaliando que, como possível novo, seria difícil derrotá-lo. Agora, o tucanato avalia que Gomide não decolou e que a ameaça verdadeira, por sua imensa estrutura e por ter contratado marqueteiros profissionais, como Duda Mendonça e Augusto Fonseca, é mesmo Júnior Friboi. Mas é cedo para julgamentos peremptórios. A eleição só se define mesmo durante a campanha.
Os friboizistas são radicais e dizem, com todas as letras, que Antônio Gomide (PT) “está se tornando ‘aventureiro’”. Um ex-deputado é peremptório: “Gomide vai atrapalhar Dilma Rousseff em Goiás e não tem o apoio nem mesmo do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, que é de seu partido”. Um friboizista afirma que Paulo Garcia é um dos articuladores da “candidatura” de Iris Rezende. Na semana passada, o secretário de Saúde do prefeito, Fernando Machado, disse a um interlocutor que Iris será o candidato do PMDB.
Durante entregas de máquinas para prefeitos goianos — um programa do governo federal —, o deputado Luis Cesar Bueno (PT) criticou o governador Marconi Perillo (PSDB). O petista disse que a presidente Dilma Rousseff era republicana, pois entrega máquinas para prefeitos de vários partidos, não apenas de sua base. O secretário da Agricultura, Antônio Flávio Lima, sem agredir Luís Cesar ou os demais petistas presentes, frisou que Marconi está fazendo obras em praticamente todo o Estado e sem discriminar prefeitos oposicionistas. O secretário sugeriu que vários prefeitos das oposições elogiam o caráter republicano do governo Marconi. Antônio Flávio frisou que os prefeitos brasileiros estão com pires nas mãos, por falta de recursos, e que é preciso revisar o pacto federativo. Porque hoje os recursos são concentrados no governo federal e as cidades estão praticamente “mortas”.
Costuma-se dizer que a política de Brasília muda de manhã, à tarde e à noite. O senador Gim Argello (PTB), que havia decidido disputar mandato de deputado distrital, avisa que vai ser candidato à reeleição. O deputado federal José Antônio Reguffe, que havia anunciado apoio ao pré-candidato do PSB a governador do Distrito Federal, senador Rodrigo Rollemberg, pode acabar apoiando a reeleição do governador Agnelo Queiroz. E pode não disputar mandato de senador. Se candidato a senador, Reguffe, uma espécie de publícola midiático, possivelmente seria eleito. Ele é o queridinho da classe média brasiliense. O PT quer bancar Geraldo Magela (ou Chico Leite) para senador. Mas uma chapa com Agnelo e Reguffe poderia ser mais útil, eleitoralmente, para o postulante petista. Porque Reguffe “limpa” Agnello, que, embora seja um gestor de qualidade, está com a imagem corroída e tem um marketing político de segunda categoria.