Bastidores
Em off, peemedebistas admitem que Iris Rezende tem dois projetos para 2016: disputar a Prefeitura de Goiânia e lançar sua filha, Ana Paula, para prefeita de Senador Canedo. Iris Rezende estaria disposto a disputar a prefeitura mesmo sem o apoio do prefeito Paulo Garcia (PT). Uma coisa é certa: dificilmente, se candidato, será derrotado. O decano da política de Goiás permanece forte na capital.
Ao contrário do que especulam peemedebistas, Paulo Garcia não deixará o PT para acompanhar Iris Rezende. Aos poucos, pagando dívidas deixadas por Iris, Paulo Garcia está recuperando a prefeitura. Até o asfalto de má qualidade que Iris fez nos bairros vai ser corrigido pelo petista. O PT em peso, e até de joelho, reza para Paulo Garcia se livrar da influência castradora de Iris.
Os iristas são cautelosos nas críticas ao prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT. Eles explicam o motivo: “Iris Rezende respeita o petista, o vê como uma pessoa leal e, por isso, não aceita críticas públicas”. Porém, nos bastidores — e insistimos: as críticas não são feitas por Iris Rezende —, o pau come solto. Os peemedebistas, se o repórter concordar com conversas em off, abrem o jogo e garantem, com todas as letras, que a gestão de Paulo Garcia, que consideram ruim e até abaixo da crítica, é a principal responsável pela estagnação de Iris Rezende. Os peemedebistas dizem que o diferencial de Iris Rezende era Goiânia. Mas, como a gestão de Paulo Garcia, que dizem “anódina”, o peemedebista estaria sendo prejudicado. Os peemedebistas, sobretudo os mais jovens, estão cada vez mais irritados. Eles dizem que o eleitor de Goiânia tem a impressão de que, no momento, Marconi Perillo governa Goiás e, até, Goiânia.
Falem mal ou falem bem ou nem falem. Mas ninguém fica mesmo indiferente às aparições de Nerso da Capitinga nas redes sociais. Numa espécie de stand ups, Nerso surge aparentemente do nada e critica, com humor e verve, o candidato do PMDB, Iris Rezende, e o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT. Iris Rezende é chamado de “Denossauro”, mas não tem o nome mencionado. Paulo Garcia é apresentado como o “Inoperante”, uma espécie de Babysauro ou Irissauro Contra o humor não há brabeza e mau humor que resolva. Mas peemedebistas e aliados tentam atacar Nerso, sugerindo que suas falas são preconceituosas com os velhos. Quem sabe, se lhe fosse dado o direito de responder, Nerso diria: “A maioria dos velhos não é ‘denossaura’, fossilizada”. https://www.youtube.com/watch?v=dJJ0jwVr6wQ
O que mais está falhando na campanha de Iris Rezende, além de dinheiro, é organização. Prefeitos que saem do interior em busca de material de campanha afirmam que não há interlocutores confiáveis e garantem que são empurrados de um lado para o outro. As movimentações no interior têm sido frequentemente desorganizadas. Em algumas cidades Iris é bem recebido e, até, ovacionado. Muitos querem fazer fotos com o peemedebista. Em noutras, chega e sai quase anônimo.
Anote: Carlos Cachoeira está reservando duas gravações e cinco fotografias bombásticas. O empresário não diz do que se trata nem garante que vai divulgá-las. Mas atingem frontalmente a candidatura de um postulante ao Senado (tudo a ver com a campanha de 2010) e de um governadoriável. Algumas fotos foram feitas num iPad e são de altíssima qualidade. A ressalva é que os advogados de Carlos Cachoeira não o querem envolvido com as demandas da política. Mas a dois amigos confidenciou sua munição é farta. Até fartíssima.
Candidato a deputado federal, Jorge Kajuru chega a empolgar alguns eleitores. Mas o radialista e jornalista enfrenta um problema grave: corre o risco de obter uma votação excelente, mas, mesmo assim, não consegue quociente eleitoral para ser eleito. Vanderlan Cardoso e Jorcelino Braga não conseguiram montar uma chapa consistente para deputado federal e, deste modo, pode deixar de eleger Jorge Kajuru, o Kajurica (Tiririca do Cerrado).
Vanderlan Cardoso (PSB) confidenciou a um aliado que, se for derrotado para o governo do Estado, não vai disputar a Prefeitura de Senador Canedo. Acrescentou que precisa ser leal ao prefeito Misael Oliveira (PDT), que tem sido leal com ele. Misael decidiu não apoiar Marconi Perillo. Morador do Alphaville, Vanderlan Cardoso deve transferir seu título eleitoral, com o objetivo de disputar a Prefeitura de Goiânia. Em 2016, se for derrotado para o governo em 2014, deve ter Iris Rezende, aos 83 anos, como seu principal adversário.
Antônio Gomide acredita que tem chance de chegar ao segundo turno e se eleger governador de Goiás. Porém, se for derrotado, Gomide deve ser convocado para uma diretoria do Ministério da Saúde. Isto, é claro, se a presidente Dilma Rousseff for reeleita.
Se Marina Silva for eleita presidente da República, Goiás deverá um ministro em seu governo. Tanto pode ser Eduardo Machado, do PHS, quanto Aguimar Jesuíno, candidato a senador pelo PSB, mas integrante da Rede Sustentabilidade e aliado de primeira hora de Marina Silva .
Se Aécio Neves for eleito presidente, Goiás poderá ter um ministro do DEM ou do PSDB. São cotados: Ronaldo Caiado (Agricultura), Giuseppe Vecci (Planejamento) e Marconi Perillo (Transportes).
Discretamente, mas com um trabalho intenso e de qualidade, Lívio Luciano desponta como um dos favoritos do PMDB para deputado estadual. Não será surpresa se Lívio Luciano, contados os votos, figurar entre os mais bem votados. Além de simpático, de ter votos nas searas evangélica (a sua) e católica, de ter amplo envolvimento no meio esportivo, Lívio Luciano é uma espécie de xodó dos funcionários do Fisco. O vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano, político atento e hábil, é um dos principais apoiadores de Lívio Luciano.
O prefeito de uma cidade do interior, depois de ouvir o candidato do PT a deputado federal Olavo Noleto, fez um comentário curioso, quiçá pertinente: “É o Daniel Vilela do PT”. O prefeito possivelmente quis dizer duas coisas. Primeiro, que Olavo Noleto tem a desenvoltura de Daniel Vilela na arte de fazer política. Quando estão conversando com os líderes do interior, os dois jovens parecem peixes dentro d’´água. Fica-se com a impressão de que nasceram fazendo política. São craques — Neymar e Messi. Segundo, há uma aposta de que o competente e inteligente Daniel Vilela deve ser um dos mais bem votados para deputado federal, superando até mesmo Iris Araújo (a política mais detestada por todos os peemedebistas; consta que o sonho da maioria é expulsá-la do partido), mas que Olavo Noleto também terá uma votação tão expressiva quanto surpreendente. Olavo Noleto tem um apoio relativamente silencioso, mas de grande proporção. Brincando, Olavo Noleto diz para os colegas: “O único problema é que, embora eu seja avaliado como ‘charmoso’, não sou apontado como tão bonito quanto Daniel Vilela”. Mas aí, Olavo, é querer demais. Daniel Vilela, ex-jogador de futebol, tem porte de modelo. No interior, quando aparece, é cercado pelo mulherio, mas sempre escapa de fininho. O garoto vai longe, muito longe.
Peemedebistas mexeram e remexarem num dossiê sobre o vice de Vanderlan Cardoso, o professor Alcides Ribeiro. Mas decidiram não divulgá-lo. Motivo alegado por um peemedebista: “Pra quer mexer com Vanderlan Cardoso e o Professor Alcides, se eles não fedem nem cheiram?” Tradução para a linguagem civilizada: Vanderlan, segundo o irista, não tem qualquer chance e ser eleito e não ameaça Iris Rezende.
Mesmo a distância, Júnior Friboi tem mantido certo apoio, menor do que o esperado, a alguns candidatos a deputado estadual e federal. Se nota o candidato muito empolgado com Iris Rezende, o empresário Friboi deixa de atender seus telefonemas.