Bastidores

O deputado federal João Campos (PSDB) diz que, no momento, não está colocando seu nome como candidato a prefeito de Goiânia ou de Aparecida de Goiânia. “Eu me coloquei à disposição do partido para disputar a eleição em Goiânia em 2012, mas me disseram que havia outro nome [Leonardo Vilela]. Agora, vou agir com mais cautela, examinando o quadro e aguardando o desenrolar das articulações política. Na verdade, estou mais preocupado com o meu mandato de deputado.”
Uma das preocupações de João Campos é com a reforma política. “A comissão especial vai ser instalada na próxima semana. Fala-se em financiamento público de campanha, em acabar com as coligações proporcionais, na adoção do voto distrital (não se sabe a forma precisa), acabar com o nepotismo na suplência para o Senado, ‘casar’ as eleições de prefeito, governador e presidente da República.”
O tucano avalia que as disputas eleitorais de 2 em 2 anos fortalecem a democracia. “A sociedade fica sempre em ebulição.”
Um mandato de cinco anos, com eleições casadas, “despolitiza a política, o cidadão”. João Campos diz que, com 40 sessões, a comissão especial terá condições de apresentar um projeto consistente.
O jornalista Nilson Gomes será o novo ghost writer do senador Ronaldo Caiado (DEM). Tony Carlo permanece na assessoria de imprensa, mas não escreverá mais os artigos. Ronaldo Caiado quer artigos num tom mais hard, típico de Nilson Gomes, e menos soft, estilo de Tony Carlo.
O prefeito de Itaberaí, Roberto Silva (PRTB), será candidato à reeleição. Mas vai enfrentar uma pedreira, o candidato da base do governador Marconi Perillo — que tanto pode ser a ex-prefeita Rita de Cássia como o deputado estadual Jean Carlo (PHS). Se quiser mesmo disputar a Prefeitura de Itaberaí, Rita de Cássia deve trocar o DEM pelo PSDB.
O ex-deputado federal Marcelo Melo (PMDB) não é um político ortodoxo. “A gestão do prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin, é ruim. Mas não torço para que piore.
Poderia até me beneficiar eleitoralmente, mas não quero que a cidade e seus habitantes sejam prejudicados.”
O peemedebista deve ser candidato a prefeito, e com o apoio do PSDB do deputado federal Célio Silveira. “Nós controlamos a Câmara Municipal e deveremos ter o apoio de dez partidos. Vamos ter uma chapa forte pra vereador.”
O deputado estadual Daniel Messac, do PSDB, tirou licença, por 120 dias. O empresário Victor Priori é o seu substituto.
O produtor rural e empresário Priori, apontado como um dos homens mais ricos do Sudoeste goiano — é o mais rico de Jataí —, deve ser candidato a prefeito de Jataí, em 2016. Ele tem sido apontado como um “perdedor nato”, pois foi derrotado quatro vezes seguidas. Um de seus equívocos é avaliar que dinheiro é o centro de tudo e não o debate político.

“O Solidariedade vai lançar candidatos a prefeito nos 60 maiores municípios de Goiás. Em algumas cidades, devemos bancar o vice. Nós temos nomes consistentes na maioria das cidades, como Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia e Rio Verde”, afirma Armando Vergílio. “Nós estamos fortes.” “Em Anápolis, nós temos três vereadores e o deputado estadual Carlos Antônio pode ser candidato a prefeito. Ele é popular na cidade”, sublinha o líder do Solidariedade.
Na disputa pela Prefeitura de Goiânia, o Solidariedade, afirma seu presidente, vai manter uma posição independente. “Não temos pré-disposição para fazer alinhamento automático com quem quer que seja nem para fazer oposição demolidora”, afirma Armando Vergílio. É possível que Armando Vergílio seja candidato a prefeito? Ele prefere não responder agora. Mas, sim, é provável.
Na próxima semana, ou na seguinte, a Assembleia Legislativa vai indicar o advogado e ex-deputado Joaquim de Castro para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios. Joaquim de Castro vai assumir a vaga de Virmondes Cruvinel, que está se aposentando.
A Metrobus pode ser privatizada. A ideia de seu presidente, Eduardo Machado, teria agradado o governador Marconi Perillo. A estatal do transporte coletivo é dinossáurica e dispendiosa.
O presidente Nacional do Pros, o goiano Eurípedes Júnior, inverteu a lógica tradicional: é mais forte na corte do que na província. Eurípedes Júnior tem portas abertas em vários ministérios, em Brasília, mas é ignorado nos gabinetes dos secretários do governo de Goiás.
Iris Rezende impôs Gilson Roriz no comando do PMDB de Luziânia. Mas uma coisa é certa: o partido só tem chance de eleger o prefeito da cidade se bancar o ex-deputado Marcelo Melo.
De um peemedebista que conhece Iris Rezende como a palma de sua mão: “Iris não tem a mínima intenção de compor com o PT na eleição de 2016. Se tivesse não estaria tão próximo de Ronaldo Caiado. Porém, como político experimentado, vai esperar que o PT rompa a aliança”.
Antônio Gomide vai ser o coordenador da campanha do prefeito de Anápolis, João Gomes, do PT. O ex-prefeito está animado e avalia que João Gomes vai ser reeleito. Gomide deve disputar o governo em 2018 e, se for derrotado, deve disputar a Prefeitura de Anápolis em 2020.
Ás do setor de loteamentos, o presidente do PMDB de Goiás, Samuel Belchior, tem pelo menos 20 mil lotes. Os loteamentos precisam de investimentos em infraestrutura. Quando foi divulgado o suposto relacionamento de Samuel Belchior com a pastinha Luciane Hoeper, dois bancos — um deles o Bradesco — decidiu não mais financiá-lo. Júnior Friboi pegou seu jato e levou Samuel Belchior à cúpula do Bradesco, que, com um “avalista” como o ex-sócio da JBS, manteve o financiamento.