Bastidores

[caption id="attachment_35720" align="alignright" width="300"] Família Baldy | Foto: reprodução / Facebook[/caption]
Tucanos graduados sugerem que Luana Limirio Baldy pode ser candidata a prefeita de Anápolis. Mulher do deputado federal Alexandre Baldy (PSDB), Luana gosta de política e tem forte ligação com o município, onde seu pai, Marcelo Limirio, instalou a Neoquímica, laboratório de medicamentos incorporado pelo grupo Hypermarcas.
Não há nada decidido. Trata-se de especulação. Mas, na hipótese de Luana Baldy ser eleita, o tucanato ganharia uma prefeita e manteria um deputado federal. Ao mesmo tempo, constituindo um grupo político, Alexandre Baldy poderia sair fortalecido para a disputa do governo de Goiás em 2018 ou 2022.

Pesquisas, oficiais e apócrifas, acenderam a “luz amarela” nas hostes tucanas. O prefeito de Anápolis, João Gomes, é mais forte eleitoralmente do que se imaginava. As pessoas dizem, em termos bem populares, que o petista, com a saída de Antônio Gomide, “não deixou a peteca cair”. João Gomes é firme, duro nas respostas, mas, sobretudo, é um administrador seguro e eficiente. Ele está sempre preocupado com o crescimento da economia, mas, seguindo a linha de Gomide, sem deixar de pensar no desenvolvimento (que, a rigor, é a repartição dos frutos do crescimento).

O PT de Goiás tentou emplacar Edward Madureira (ex-reitor da UFG) e Antônio Gomide (ex-prefeito de Anápolis) em cargos federais. Mas não conseguiu. Motivo: o partido só tem um deputado federal em Goiás, o que, em termos de Congresso Nacional, não fede nem cheira.

O fato é que, no Palácio do Planalto, o único goiano que realmente tem prestígio é Olavo Noleto. Ninguém mais. Olavo Noleto trafega, com desenvoltura, tanto entre petistas graúdos quanto entre líderes de outros partidos.
O peemedebista-chefe Iris Rezende continua insistindo que o PT deve lançar a “menina Accorsi” (a deputada Adriana) para prefeita de Goiânia. Para que possa fazer, na campanha, a defesa do prefeito Paulo Garcia. O ex-governador gosta do petista, mas não quer defendê-lo na campanha.

No seu estilo enviesado de sugerir, mais do que de explicitar, Iris Rezende tem insistido que, como é forte em Goiânia, o PMDB pode ir para a disputa com chapa pura. Ele para prefeito e, possivelmente, Sandro Mabel para vice.

[caption id="attachment_35708" align="aligncenter" width="620"] Iris e Daniel durante campanha de 2014 | Foto: reprodução / Facebook[/caption]
Consta que Iris Rezende, pré-candidato a prefeito de Goiânia em 2016, avalia o deputado federal Daniel Vilela como “excelente vice”.
O problema é que o filho do prefeito de Aparecida, Maguito Vilela, não quer ser vice de Iris nem de outro candidato. Ele quer disputar o governo de Goiás em 2018.
O ex-prefeito de Cristianópolis Juarez Magalhães Júnior perdeu o cargo de assessor especial para o suplente de deputado estadual Henrique César, do PSDB. O governo do tucano Marconi Perillo não resistiu à pressão do pastor Oídes do Carmo, da Assembleia de Deus -- que é sogro de Henrique César.

O pastor Oídes do Carmo, da Assembleia de Deus, comenta com amigos evangélicos que, assim que terminou o primeiro turno, em outubro de 2014, recebeu um telefonema do governador Marconi Perillo. O tucano-chefe teria dito mais ou menos o seguinte: “Henrique César não vai dormir um dia como suplente. Ele vai tomar posse imediatamente”.

O tucano Giuseppe Vecci começa a ser chamado em Brasília de o deputado da cultura. Participante ativo da Comissão de Cultura, Giuseppe Vecci entusiasmou-se. Como tem uma cabeça organizada, e é um excelente planejador, o deputado goiano tem feito sucesso na área.

O tucano Antônio Faleiros esbravejou, sugeriu que iria se filiar à Rede Sustentabilidade, sob convite de Aguimar Jesuíno, representante de Marina Silva em Goiás, mas acabou voltando para o governo de Marconi Perillo — como secretário extraordinário. Trata-se de um convite direto do amigo Marconi Perillo. Irrecusável, portanto.

[caption id="attachment_35696" align="alignright" width="300"] Médico Antônio Macedo[/caption]
No sábado, 23, entre 9 e 18 horas, será organizado o VII Grande Encontro dos Porangatuenses. Por que o médico Antônio Macedo (foto) conseguiu organizar sete encontros? Primeiro, porque é um diplomata nato e, por isso, tem uma paciência de Jó, conciliando interesses e perspectivas divergentes — de maneira inteiramente cordial.
Segundo, porque não permitiu que se tornassem encontros partidários (tanto que não são feitos em anos eleitorais). Políticos participam, sem qualquer problema, mas não podem instrumentalizá-los. Os encontros são inteiramente apartidários, com o objetivo de confraternização geral. São encontros, se se pode dizer assim, humanistas. Neles amigos encontram amigos — alguns não se viam há muitos anos — e reforçam laços. Sem Antônio Macedo na coordenação, seria praticamente impossível realizá-los.
O encontro será realizado na Chácara Aldeia das Flores, na Rodovia GO-070, km 6, saída para Inhumas, em Goiânia-Go. Na abertura, às 9horas, se terá uma missa com Frei Vilmar, figura histórica de forte presença nos eventos de Porangatu, sua terra natal.
Demais organizadores: Antônio Durão, Antônio Euzébio, Euclides Oliveira, Eva Araújo Jorge, Evangelina Reis, Fátima Mustafé, Fátima Rodrigues, Graça Estrela, Mariazinha Oliveira, Oscar Rodrigues, Raul Belém e Veruska Martins.

Políticos próximos do sociólogo Fernando Henrique Cardoso dizem que o ex-presidente da República está entusiasmado com a desenvoltura política do governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB. Tese de Fernando Henrique Cardoso: o PSDB precisa ter pelo menos três nomes consistentes para a disputa eleitoral em 2018 — em termos nacionais. Na lista tripla estão, nesta ordem: Aécio Neves, Geraldo Alckmin e Marconi Perillo.
De um petista histórico: “É provável que o prefeito Paulo Garcia tente fazer o PT apoiar Iris Rezende [possível candidato do PMDB a prefeito de Goiânia], mesmo que este não aceite Adriana Accorsi como vice”. Ouvido, um aliado de Paulo Garcia contesta: “Não é bem. Paulo sabe que, se não emplacar Adriana Accorsi na vice de Iris, terá de lançá-la para prefeita de Goiânia. Senão o PT acaba na capital e aí o grupo do deputado federal Rubens Otoni toma conta do partido de vez”.

O peemedebista Robledo Rezende sustenta que o eleitorado de Porangatu não quer votar no prefeito Eronildo Valadares, do PMDB, e no grupo do deputado Júlio da Retífica, do PSDB. “Eronildo Valadares parece que vive noutra galáxia e não percebe o desgaste de sua gestão. O grupo de Júlio da Retífica governou durante 16 anos ininterruptos e, por isso, a sociedade cansou-se dele. Vai ser eleito prefeito de Porangatu aquele político consistente que disser ‘não’ tanto ao grupo de Eronildo quanto ao governo de Júlio”, afirma Robledo