Bastidores

[caption id="attachment_40209" align="alignleft" width="300"] Professor Alcides: potencial para ser forte candidato em Aparecida[/caption]
Um dos nomes apontados como possível candidato à Prefeitura de Aparecida de Goiânia, Alcides Ribeiro, o Professor Alcides, confirma: quer disputar e, se tiver espaço, quer fazê-lo pelo PSDB. Atualmente no PSC, o empresário, que disputou as eleições majoritárias do ano passado como vice na chapa de Vanderlan Cardoso (PSB), é bem avaliado pela população e tem o apoio das lideranças tucanas na cidade.
Alcides diz que ainda não se encontrou com o governador Marconi Perillo ou com o presidente estadual da legenda, Afrêni Gonçalves, mas que está próximo disso. “Tenho trabalhado muito para que a oposição esteja unida. Se fizermos isso, teremos condições de vencer no ano que vem, pois o candidato já não será Maguito Vilela [atual prefeito] e todos nós sabemos que transferência de voto não é feita com muita facilidade. A oposição de Aparecida precisa ter juízo”, diz como quem alfineta o deputado federal Waldir Soares, que detém o comando do partido na cidade.
O presidente do PTN em Goiás, Francisco Gedda, volta à ativa após sofrer traumatismo craniano devido a um acidente doméstico no fim do ano passado. O ex-deputado, que tem descansado em sua fazenda, próxima ao município de Araguapaz, diz que já no dia 20 deste mês estará em Goiânia para reestruturar o partido e buscar a articulação para as eleições de 2016. Está bem de saúde e tem agradecido a todas as pessoas que procuraram por ele nesse tempo em que esteve fora. E, como primeira ação política, comenta a situação indefinida de Júnior Friboi no PMDB. Gedda diz que “o que Friboi disser, nós faremos” e que o PTN está de portas abertas para o empresário, caso ele tenha interesse.
Anápolis é uma cidade cujo processo eleitoral já está muito adiantado, mesmo faltando mais de um ano para o pleito. O prefeito João Gomes é o candidato do PT e já tem até coordenador de campanha, o ex-prefeito e companheiro de partido Antônio Gomide. Ainda é cedo para dizer quem poderá ser o vice, mas isso não significa que as especulações não começaram. O PT — que aparenta não ter adversários para enfrentar, pois agrega praticamente todos os partidos da cidade —, tem duas possibilidades: lançar chapa pura ou fechar aliança. Dessas duas, a mais provável é a segunda, pois agrega mais credibilidade à chapa. E um nome que parece se encaminhar para “fechar” com João Gomes é o vereador licenciado e superintendente do Produzir, Fernando Cunha Neto (PSDB). O vereador participou da articulação para formar a mesa diretora da Câmara Municipal no início do ano e tem sido próximo de João Gomes. Soma para isso a grande proximidade pessoal que existe entre o prefeito e o governador Marconi Perillo. Mas há um porém. Se isso realmente acontecer, uma coisa é certa: está minada uma candidatura tucana em Anápolis. O deputado federal Alexandre Baldy diz que tem interesse na candidatura. Fernando Cunha era, inclusive, ligado a ele. Isso pode acontecer? É cedo para dizer.
O Pros tem se organizado para chegar forte nas eleições de 2016. O presidente nacional do partido, o goiano Eurípedes Júnior, quer ter candidatos em todos os municípios, tendo nomes na chapa majoritária em pelo menos 50 cidades. A já quase certa vitória do partido deverá vir em Luziânia, onde o ex-deputado Marcelo Melo, já praticamente confirmou que irá disputar a prefeitura pelo partido, deixando de vez o PMDB. Em Cidade Ocidental, o candidato deverá ser o vereador Paulo Rogério. Em Planaltina, se não conseguir a cabeça de chapa, uma vice tem sido articulada para o ex-vereador Doutor Davi.
O deputado estadual Zé Antônio (PTB), tomado como “filho político” do ex-prefeito de Itumbiara, Zé Gomes (PTB), está rompendo a barreira de seu sítio eleitoral e deverá apoiar o candidato a prefeito de seu grupo em Uruaçu. O candidato será o ex-prefeito Lourenço Pereira Filho (PP), o “Lourencinho”, que foi inocentado de processo movido contra ele no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Lourencinho é apontado como o favorito na cidade.
Nos corredores da Câmara Municipal as pessoas falam que o presidente Anselmo Pereira (PSDB) esbravejou contra o prefeito Paulo Garcia (PT) há algumas semanas, mas, depois de ser convidado para ir ao Vaticano, acalmou-se. Acontece que Anselmo faz parte da comissão que visitará o Papa Francisco no fim deste mês. Dizem que o tucano, mesmo tendo dito que o prefeito não terá “vida fácil” no próximo semestre, sequer titubeou em aceitar o convite de Paulo.

[caption id="attachment_40194" align="alignleft" width="620"] Juraci e Lissauer estariam insatisfeitos com o deputado federal Heuler Cruvinel | Foto: Divulgação[/caption]
A possível ida do deputado estadual Lissauer Vieira e do prefeito de Rio Verde, Juraci Martins, ambos do PSD de Vilmar Rocha, para o PP do vice-governador José Eliton, tem causado pequenos desconfortos na base do governo.
A questão: membros do PSD dispararam afirmações de que o PP estaria “sondando” os pessedistas no interior. Em sua defesa, os pepistas dizem que não, mas que não recusarão quem quiser se filiar ao partido.
Segundo um jovem político do PP, Juraci e Lissauer, insatisfeitos com o deputado federal Heuler Cruvinel, querem é deixar o PSD. "Não importa para qual partido. O PP foi apenas uma das possíveis escolhas deles", diz.
O motivo da briga: Heuler quer ser candidato a prefeito. Juraci, que não quer apoiá-lo, prefere Lissauer. Na falta de espaço, partem para outra legenda no intuito de disputar o pleito do ano que vem.
O contrato de concessão da Saneago deverá ser, oficialmente, finalizado dentro dos próximos três meses. As informações são do presidente, José Taveira, que já garantiu a renovação. A renovação foi negociada pela diretoria de Expansão da Saneago com a Secretaria de Finanças da Prefeitura, sob a tutela de Jeovalter Correia, que estabeleceu um cronograma com a equipe técnica da instituição, que não foi divulgado pela Prefeitura. Porém, Taveira garante: o martelo foi batido. Falando em Saneago, o governo conseguiu linha de financiamento junto ao banco suíço Credit Suisse para o término do sistema de distribuição de água da barragem do João Leite. O sistema deverá entrar em funcionamento de modo efetivo no primeiro semestre de 2016.
Depois que o Jornal Opção informou a ida de Saulo Furtado e Alfredo Bambu, ambos do PEN, para o PMDB de Iris Rezende, assim como a articulação feita pelo senador Ronaldo Caiado (DEM) nas prefeituras do interior, a imprensa goiana começou a avaliar a situação peemedebista para 2016. Esqueceram-se, porém, de falar os motivos pelos quais Iris ainda tenta camuflar sua já certa candidatura. Assim como Vanderlan Cardoso (PSB), Iris não pode se colocar na linha de frente agora. Não é hora. Os motivos: 1) Pode queimar oportunidades se já se firmar como candidato; 2) O PMDB ainda não voltou a ser irista. Estão lá Maguito e Daniel Vilela para provar isso.

O Pros, do goiano Eurípedes Júnior, diz que não tem conversado com Júnior Friboi sobre uma possível filiação, caso ele não consiga ficar no PMDB, mas que o aceitará de braços abertos, se ele quiser se unir ao partido.
O vereador de Goiânia Milton Mercez ficou sem partido no fim do mês passado, quando foi expulso do PTB de Jovair Arantes. O motivo da expulsão não ficou claro, mas é certo que o vereador, já veterano — está em seu sétimo mandato —, se sentia isolado na legenda. “Com certeza vai acontecer”, diz um pepista. Inicialmente, o vereador quis “dar um tempo” da política. Contudo, o parlamentar parece ter mudado de ideia, uma vez que sua filiação ao PP do governador José Eliton já é dada como certa. Mercez tem se aproximado das lideranças do partido e já teve algumas reuniões com o deputado federal Sandes Júnior e com outras figuras proeminentes do partido na capital. Se confirmada a filiação de Mercez, o PP dá um passo importante em sua busca de requalificar o partido com vistas nas eleições municipais do ano que vem, pois passa a ter um vereador na capital — ainda não tem nenhum. A sigla que tem mais vereadores é o PMDB, com seis; seguido do PSDB, com cinco.
Renato Bernardes, jovem político do PP, diz que em sua avaliação há duas figuras promissoras em Goiás que deverão dividir o futuro político do Estado: o primeiro é o deputado estadual Marco Palmerston (PSDB), o Marquinho. “É um rapaz promissor e que tem tudo para herdar a força do PSDB. Deverá se candidatar à Câmara Federal nas próximas eleições e, em poucos anos, já poderá ser apontado como nome à disputa ao governo do Estado”, afirma Renato. O segundo nome apontado pelo pepista é o do deputado federal Daniel Vilela (PMDB), que “herdará todo o legado de seu partido. Já é um excelente quadro e ainda conta com o suporte político de seu pai, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela”. Renato não tem dúvida: dentro de uma década, “no máximo, esses dois irão disputar o espaço político de Goiás”.
Depois de trocar o PP pelo PSB e de se aliar ao antigo opositor PSD, do vereador Iratã Abreu — filho da ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB) —, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha agora também quer o PT na aliança para 2016. E a busca pelo apoio petista deverá ser feita por meio de uma composição nacional, intermediada pelo deputado federal e presidente estadual do PSD no Tocantins, Irajá Abreu, e pelo senador Donizeti Nogueira (PT). A intenção de Amastha é aglomerar o máximo de partidos para fortalecer sua candidatura à reeleição. Até o momento, o prefeito tem o apoio de pelo menos oito partidos com votação expressiva na capital tocantinense: PMDB, PSB, PSDB, PSD, PP, PCdoB, PSL e PTN.
No Tocantins a articulação já está a todo vapor. Em Paraíso, o atual prefeito, Moisés Avelino (PMDB), ainda não se decidiu se vai à reeleição. Porém, é o candidato natural para a disputa. Em Porto Nacional, há interesse dos deputados estaduais Ricardo Ayres (PSB) e Valdemar Júnior (PSD). Porém, será uma eleição acirrada. Bem avaliado, o atual prefeito, Otoniel Andrade (PSDB), é cotado como forte candidato à reeleição. “É quase certa a reeleição de Otoniel”, diz um jovem político da cidade. Em Araguaína, os pré-candidatos são os deputados estaduais Valderez Castelo Branco (PP), Jorge Frederico (SD). O deputado Olyntho Neto (PSDB) ainda não se declarou, embora demonstre interesse.
No Entorno do Distrito Federal a situação não é boa para os prefeitos. Todos estão mal avaliados e com pouquíssimas chances de reeleição. Abre possibilidade para quem tem articulado. Em Luziânia, Ernesto Roller (PMDB), embora diga que está focado em seu mandato de deputado estadual, tem articulado fortemente. É o favorito contra o governo do prefeito Cristóvão Tormin (PSD).