Em menos de dois meses, Lula recebe Nicolás Maduro novamente no Brasil

Após um hiato de oito anos sem visitar o Brasil, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, será novamente recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em solo brasileiro. Essa será a segunda visita do líder venezuelano no país em menos de dois meses. Ele estará presente na Cúpula da Amazônia, marcada para esta terça-feira (8/8).

Além de Nicolás Maduro, outros seis líderes de nações que abrigam a floresta amazônica se reunirão em Belém (PA). São eles da Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru, Suriname e Equador. Juntos discutirão pautas comuns entre esses países. Segundo o governo brasileiro, o intuito é estabelecer ações que harmonizem a preservação ambiental com o desenvolvimento econômico e social.

A última vez que Maduro esteve no Brasil ocorreu nos dias 29 e 30 de junho, em Brasília. A visita era por ocasião da Cúpula de Presidentes da América do Sul. A viagem marcou seu primeiro encontro oficial com o governo brasileiro desde a posse da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2015.

O venezuelano foi recebido com todas as honras de chefe de Estado pelo presidente brasileiro, um dia antes da reunião com outros líderes sul-americanos. Entretanto, declarações feitas por Lula sobre o governo de Maduro causaram desconforto entre os presidentes do Chile, Gabriel Boric, e Luis La Calle Pou, do Uruguai. O que foi bastante criticado.

Em julho, Lula mediou uma reunião ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, com representantes do governo e da oposição venezuelanos. Maduro não participou do encontro, que ocorreu nas margens da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com a União Europeia em Bruxelas, na Bélgica.

Durante essa reunião, o petista reiterou que a Venezuela é responsável por resolver as próprias questões políticas. Para Lula, “somente os venezuelanos podem resolver os problemas do país”.

Eletricidade na região

O presidente Lula assinou um decreto que amplia o intercâmbio de energia elétrica com as nações fronteiriças ao Brasil. O ato aconteceu na sexta-feira, 4. A medida deve permitir a importação de energia da Venezuela para o estado de Roraima, o único estado brasileiro ainda não conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

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