Desmatamento ilegal na Mata Atlântica é alvo de ação, incluindo Goiás; entenda
16 setembro 2025 às 18h09

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Começou nesta semana a oitava edição da Operação Nacional Mata Atlântica em Pé, ação de combate ao desmatamento ilegal no bioma em todo o país. Ao todo, 17 estados participam da iniciativa, incluindo Goiás.
São alvos também Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
Em Goiás, a operação é conduzida em parceria pelo Ministério Público estadual, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
As fiscalizações, que incluem inspeções a campo e acompanhamento remoto, seguem até 25 de setembro. Serão contabilizados os alertas de desmatamento verificados, a extensão do desmatamento ilegal embargado e o total de multas administrativas aplicadas.
Apesar do bioma predominante do solo goiano ser o Cerrado, a Mata Atlântica também se faz presente em parte do território. Segundo dados da edição de 2024, a operação identificou 19,5 mil hectares de desmatamento ilegal, o equivalente a 27 mil campos de futebol, a partir de 1.635 alertas.
O trabalho resultou na aplicação de R$ 143,1 milhões em multas, valor recorde desde a criação da operação. Houve crescimento anual significativo tanto no percentual de alertas fiscalizados quanto na extensão de propriedades verificadas, com aumento de 9% em hectares e 16% no número de imóveis monitorados em relação ao ano anterior.
Tecnologia e fiscalização integrada
O combate ao desmatamento utiliza ferramentas como o Mapbiomas Alerta e o Atlas da Fundação SOS Mata Atlântica, que auxiliam na identificação de áreas desmatadas e na verificação de licenças ambientais.
A operação inclui ainda fiscalização presencial e remota, lavratura de autos de infração e termos de embargo, além da adoção de medidas para reparação de danos ambientais e climáticos. O balanço final da operação será divulgado dia 26 de setembro, com transmissão on-line a partir de 9h.
A coordenação nacional da operação é realizada pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa) e pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
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