Conselho de Arquitetura questiona derrubada de mais de 130 árvores em avenida na divisa de Goiânia e Aparecida

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU-GO) divulgou uma nota nesta terça-feira, 25, contra a retirada de 132 árvores na Avenida Rio Verde, na divisa entre a Capital e Aparecida de Goiânia. Responsável por esse serviço, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Aparecida (Semma) informou que as espécies foram retiradas por “razão das raízes expostas e outras circunstâncias”.

As obras na via integram um projeto de “revitalização”. No entanto, o CAU-GO questionou como a proposta pode “proporcionar saúde e bem estar aos cidadãos” com a derrubada de árvores. “Consideramos importante que os projetos levem em conta o aproveitamento da vegetação pré-existente e opte por sua retirada apenas em último caso – principalmente quando se trata de espécies de grande porte e já adaptadas ao local”, cita trecho da comunicação.

O Conselho ressalta que a vegetação tem importância crucial para o melhoramento do microclima da cidade. Elas reduzem os níveis de poluição atmosférica e sonora. Além de promover a permeabilidade do solo e preservação da paisagem.

Nesse aspecto, a Semma garante que está mantendo 300 árvores e que outras serão plantadas. “O projeto irá contemplar o plantio de outras centenas de espécies do Cerrado, no canteiro da avenida e também às margens da nascente do Córrego Buriti, na Vila Mariana”, informou.

O CAU-GO frisou que acompanha o andamento deste caso. “O Conselho solicitou os projetos que estão sendo executados para as prefeituras de Goiânia e Aparecida de Goiânia, a fim de analisá-los e oferecer suas contribuições no que diz respeito à arborização urbana e à qualidade dos espaços”, sinalizou. “É importante que os Municípios se atentem para o papel da arborização no meio urbano, considerando inclusive as mudanças acarretadas pela crise climática em curso”, alerta.

Comparações

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo comparou a situação da Avenida Rio Verde com outros projetos em vias da Capital. “O resultado de projetos de ‘revitalização’ das últimas gestões da Prefeitura de Goiânia, que retiraram centenas de árvores, resultaram em uma paisagem urbana degradada em diversos pontos da capital – tais como avenidas 85, Universitária, Assis Chateaubriand, Goiás Norte e 4ª Radial e a quadra do estádio Olímpico, por exemplo”, cita.

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